China é a nova campeã nas Olimpíadas de xadrez
Na despedida de Judit Polgár, a melhor jogadora da história da modalidade, a Hungria obteve a medalha de prata. (...)

China é a nova campeã nas Olimpíadas de xadrez
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2014-08-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Na despedida de Judit Polgár, a melhor jogadora da história da modalidade, a Hungria obteve a medalha de prata.
TEXTO: A China foi a merecida vencedora da 41. ª edição das Olimpíadas de xadrez, que se realizaram na cidade norueguesa de Tromso, sendo a única selecção a terminar as 11 jornadas da prova sem conhecer a derrota e cedendo apenas três empates, perante a Rússia, a Holanda e a Ucrânia. Foi uma prova em que os principais favoritos desiludiram, tal como a selecção da Noruega, que esteve longe de conseguir o objectivo de alcançar uma posição entre os dez primeiros, com Magnus Carlsen a ser derrotado em dois dos confrontos individuais que realizou, frente a adversários que nem sequer fazem parte do top 50 mundial. A Hungria, que partiu para a última ronda na segunda posição, resistiu à Ucrânia e, apesar de ter sido alcançada na segunda posição por mais três equipas, beneficiou do melhor desempate para garantir a prata. Uma despedida em grande de Judit Polgár, uma das seis jogadoras que integraram as selecções absolutas, a melhor jogadora de sempre da história do xadrez, a única que alcançou o top 10 do ranking absoluto e que nunca jogou em torneios exclusivamente femininos. Em Tromso, consumou-se a sua retirada do xadrez profissional. O lugar mais baixo do pódio foi entregue à Índia, que rubricou uma excelente prestação, batendo expressivamente o Uzbequistão na última jornada (3. 5-0. 5). A surpreendente performance dos indianos atirou para fora das medalhas a Rússia, primeira designada do evento e uma das desilusões do torneio. A Ucrânia, liderada por um Vassily Ivanchuk em clara crise de forma, apesar da recuperação das últimas rondas nunca conseguiu entrar na luta pela primeira posição, tal como a Arménia de Levon Aronian, a detentora do título, que com uma equipa sem qualquer renovação pagou o preço da veterania de alguns dos seus elementos. Portugal, inicialmente a 75. ª selecção entre os 172 países presentes (cinco dos inscritos acabaram por não comparece)r, terminou perto da 50. ª posição, um resultado meritório, tendo obtido seis vitórias, um empate e quatro derrotas nos encontros realizados. Do ponto de vista individual, destaque para o segundo e quarto tabuleiros, Jorge Ferreira e Pedro Filipe Rego, cujas prestações lhes permitiram subir no ranking internacional. No sector feminino, a Rússia compensou o mau resultado alcançado no sector absoluto, conseguindo renovar o título que detinha, ao superiorizar-se à principal favorita, a China, onde alinha a campeã mundial Hou Hifan. As russas venceram no confronto directo e, apesar da derrota da penúltima ronda frente à Ucrânia, mantiveram a vantagem pontual mínima, devido ao inesperado empate que a Espanha impôs às chinesas. Com o triunfo da última ronda, frente à Bulgária, a Rússia garantiu o ouro, ficando a China e a Ucrânia com a prata e bronze, respectivamente. Neste sector, Portugal, entre as 136 selecções inscritas, terminou no 75. º lugar, obtendo cinco vitórias e seis derrotas. Um resultado que reflecte o desequilíbrio da equipa nacional. Apesar dos bons resultados obtidos pelos dois primeiros tabuleiros, Margarida Coimbra e Maria Inês Oliveira, selecção portuguesa não teve o acompanhamento necessário dos restantes elementos da equipa para conseguir um balanço positivo.
REFERÊNCIAS:
Cidades Coimbra
Inquérito: Herman José, 56 anos, humorista
Com que idade percebeu que falhou na vida?Aos quatro anos, quando realizei que tinha nascido no lado errado do Atlântico. (...)

Inquérito: Herman José, 56 anos, humorista
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-03-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Com que idade percebeu que falhou na vida?Aos quatro anos, quando realizei que tinha nascido no lado errado do Atlântico.
TEXTO: Qual é a diferença entre um alfacinha e um tripeiro?Os tripeiros têm a sorte de estar mais perto de Londres. Qual a sua qualidade que mais irrita os seus amigos?Pragmatismo. Qual o seu defeito que mais os enternece?Estar a quatro anos de ser sexagenário. Trata de forma diferente as pessoas feias e as bonitas?Obviamente. Sou infinitamente mais gentil para as pessoas feias. Quando está com uma pessoa deficiente exagera no ignorar da deficiência?Quando se trata de deficientes mentais ao serviço de orgãos de soberania, não tenho outro remédio senão ignorá-los. São vingativos e inimputáveis. Com que figura pública se acha fisicamente parecido?Alec Baldwin. Infelizmente. Preferia o Zac Efron. Tem números que memorizou no telemóvel só para não atender?Não, mas acabaram de me dar um excelente ideia. Com que regularidade se googla?Constantemente. Que jornal ou revista usaria para matar um insecto?Tenho várias cópias da primeira página do Expresso de 31 de Maio de 2003 para esse efeito. Se fosse jantar com Woody Allen onde o levaria?Ao Adour do Alain Ducasse no Hotel Saint Regis na Quinta com a Cinquenta e Cinco. Come-se bem, e fica perto do meu hotel e do apartamento dele. O que almoçou hoje?Vieiras com molho de gengibre e arroz de açafrão, acompanhadas com cerveja Grolsch estupidamente gelada. E o que deveria ter pedido?Vieiras com molho de gengibre e arroz de açafrão, acompanhadas com champanhe Louis Roederer Cristal estupidamente gelado. Só que era eu a pagar a conta. Qual o segundo momento mais marcante da sua vida?Chegar à conclusão, de que a masturbação afinal não provocava a cegueira. Sem ser essa mariquice de morrer a dormir, como é que preferia morrer?Num desastre de avião, a bordo do meu GV, a caminho da festa do meu 101º aniversário, no meu penthouse em Upper East New York. Qual o seu pintor favorito da Escola Flamenga?Ironias à parte, sou fanático por Pieter Bruegel. Desde o dia em que o descobri na primeira página de um livro escolar alemão. Agora a sério, alguma vez encolheu a barriga?Ainda ontem numa gala de uma empresa do norte, para entrar num smoking antes de um espectáculo meu com a orquestra do Pedro Duarte. Num incêndio em sua casa, que objecto faria tudo para salvar?O computador portátil e o meu Jacob Pellat-Finet. Qual o luxo pré-crise de que tem saudades?O de acreditar que Portugal era um estado de direito. Já teve problemas com um vizinho?É um “Leitmotiv” da minha vida. Podia ser o meu nome do meio. Herman “Problemas Com Os Vizinhos” José. Quantas vezes já fez amor a uma terça-feira?Menos de metade das vezes que o fiz a um sábado. Já fingiu que não viu um amigo de há 20 anos?Se fingisse, é porque já não era amigo. A pergunta está mal construida. Vou fingir que nem a vi. Quando votou nulo, o que escreveu?Não voto. Sou cidadão alemão. Qual é a música mais foleira que canta no duche?A foleirice para mim tem estatuto de “Kitsch”. A minha favorita é a versão portuguêsa do António Sala da canção “Aleluia” da israelita Gali Atari, que venceu o festival da canção da Eurovisão em 1979. Recupero-a em todos os meus espectáculos, juntamente com o tema “Não, não e não” de Maria de Lurdes Resende, a “Porta Secreta” de Artur Garcia, e o “Mocidade, Mocidade” do António Calvário. Toca-se no banho?Inevitavelmente. Mas sem segundas intenções. Prefiro que me toquem. Diz salsicha ou salchicha?Como bom alemão digo “Bratwurst”. Tem ciúmes dos seus amigos?Sobretudo daqueles que têm menos 20 anos do que eu. Resta-me a consolação de saber que vão morrer como os outros. Que signo gostava de ser?Virgem. É um signo que permite maravilhosos trocadilhos. Se pudesse prescindir de um só partido político, de qual prescindia?Do NDAP (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiter-Partei) do Adolf Hitler. Não confundir as iniciais com o “Núcleo do Desporto Amador de Pombal”. Alguma vez sentiu que as pessoas não fazem nada?As boas pessoas fazem muito pouco. Os filhos de puta pelo contrário, conspiram até durante o sono. Já alguma vez bateu em alguém com razão?Só em sonhos. Distribuo mais porrada que o Stevan Seagal. Já acordado, sigo os ensinamentos daquele sábio chinês que nos aconselha a que nos sentemos à beira do rio e esperemos pela passagem dos cadáveres dos nossos inimigos. Da minha lista ainda só passaram três. Alguma vez sentiu que engorda mais facilmente do que os outros?Podia ser o meu outro nome do meio. Herman “Engorda Mais Facilmente Que Os Outros” José. O que faz numa folga num dia de semana?Aproveito para trabalhar. Este mês contribuiu para a felicidade de alguém?Sim. Para a do grupo Sonae. Cedendo a minha criatividade a custo zero nas respostas a estas perguntas. Onde é que estava quando Sampaio despediu Santana?A tentar recuperar da sensação de orfandade por ter ficado sem o Mário Soares na presidência. Este é um dos três melhores inquéritos a que já respondeu na vida?Dos três não direi. Dos trezentos, com certeza. Versão alargada do inquérito publicado na edição da revista Pública de 21 de Março
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola chinês
Obama cumpre a segunda etapa da sua "ofensiva nuclear"
Depois de anunciar a nova doutrina nuclear americana, o Presidente tenta reunir condições para uma mobilização internacional contra a proliferação. (...)

Obama cumpre a segunda etapa da sua "ofensiva nuclear"
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-04-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Depois de anunciar a nova doutrina nuclear americana, o Presidente tenta reunir condições para uma mobilização internacional contra a proliferação.
TEXTO: Os presidentes americano e russo, Barack Obama e Dmitri Medvedev, assinam hoje em Praga um tratado de redução dos arsenais nucleares. Não é um acto puramente bilateral. É o segundo passo da "ofensiva nuclear" de Obama, aberta há dois dias com o anúncio de uma nova doutrina nuclear. Prosseguirá na próxima semana com a Cimeira da Segurança Nuclear, em Washington, e culminará na conferência da ONU sobre o Tratado de Não Proliferação (NPT), em Maio, em Nova Iorque. A campanha foi lançada há um ano, em Praga, com o discurso de Obama sobre "um mundo sem armas nucleares". O objectivo declarado é reforçar a "segurança nacional", abandonando as doutrinas da Guerra Fria "para responder às ameaças do século XXI". O combate à proliferação e a necessidade de salvaguardar o NPT são a preocupação imediata. O novo tratado Start (ver link) não é muito ambicioso. Mas, frisam analistas americanos, é crucial para Obama, pois precisa de mostrar acção e passar a mensagem de que os EUA estão seriamente empenhados em reduzir os seus arsenais e o peso da arma nuclear. Washington e Nova IorqueNa conferência sobre o NPT, as cinco potências nucleares oficiais (EUA, Rússia, China, Grã-Bretanha e França) serão submetidas a forte pressão dos desnuclearizados para acelerarem a redução dos arsenais, como previsto no texto de 1968, assinado por 189 países - as excepções são a Índia, o Paquistão e Israel. Ora, os EUA e a Rússia detêm mais de 90 por cento das armas nucleares existentes. A outra vertente, a redução do papel da arma nuclear e a introdução de restrições inéditas no seu uso, foi enunciada na terça-feira. Os EUA comprometem-se a apenas usar a bomba em "circunstâncias extremas", dando uma garantia aos adversários não nuclearizados que os ataquem: não responderão com a arma nuclear. Mas com uma excepção: os países que violem o NPT. Esta excepção, que visa o Irão e a Coreia do Norte, e possivelmente a Síria, foi criticada por especialistas americanos, como Stephen Walt ou Flynt Leverett, que a qualificaram como um incentivo para a corrida à bomba pelo Irão, já que o designa como "um alvo nuclear". A 12 e 13 de Abril, reúne-se em Washington uma Conferência da Segurança Nuclear em que participarão os líderes de 47 países, além da ONU, da UE e da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA). O Presidente chinês, Hu Jintao, confirmou a sua presença. Participarão países irregularmente dotados da arma - Índia, Paquistão e Israel. O objectivo é a segurança das armas e o controlo dos materiais nucleares, inclusive os de uso civil, visando criar um sistema de cooperação internacional que dificulte o acesso de novos países ao nuclear militar e a possibilidade de esses materiais caírem nas mãos de redes terroristas. A incógnita é saber se Obama poderá obter mais do que declarações. De 5 a 28 de Maio, os 189 subscritores do NPT reunir-se-ão em Nova Iorque. Para grande parte dos países, o tratado é iníquo, favorecendo os "grandes". Os EUA gostariam de o "actualizar", já que foi em grande medida concebido contra "a corrida aos armamentos". Outros querem rever disposições que consideram discriminatórias. Estará em cima da mesa a "desnuclearização do Médio Oriente", ou seja, o desarmamento nuclear de Israel. Todos têm direito de veto e o Irão é um dos subscritores. A favor do statu quo joga o facto de a maioria dos não nuclearizados ter beneficiado do NPT, que travou o acesso à arma por adversários ou vizinhos mais fortes. O "ponto crítico"Obama precisou que as armas nucleares americanas "vão perdurar enquanto existirem armas nucleares" no mundo. O discurso de Praga não deve ser tomado à letra, mas como uma "visão" para forçar a ruptura com "a mentalidade da Guerra Fria". A bomba atómica terá evitado, desde 1945, uma guerra entre grandes potências, o que é inédito. Mas, terminado o "equilíbrio do terror", a dissuasão nuclear começa a parecer obsoleta. "A ameaça de guerra nuclear tornou-se remota, mas aumentou o risco de um ataque nuclear", constata o novo documento americano. A nova expressão é "o ponto crítico nuclear", título de um documentário exibido por Obama na Casa Branca e lançado por um manifesto de antigos responsáveis da política externa, George Shultz, William Perry, Henry Kissinger e Sam Nunn, em Janeiro de 2008: "A acelerada difusão das armas nucleares, do know-how e dos materiais nucleares conduziram-nos a um ponto crítico nuclear. Enfrentamos a real possibilidade de as mais mortíferas armas jamais inventadas poderem cair em mãos perigosas. (. . . ) Com armas nucleares mais largamente disponíveis, a dissuasão torna-se cada vez menos eficaz e crescentemente aleatória. "A nova "postura nuclear" de Obama parte do princípio de que a superioridade das forças convencionais americanas e o seu avanço nos sistemas antimísseis são a primeira garantia da segurança nacional. No entanto, o que é verdade para os EUA não o é para os outros. Num horizonte realista, a Rússia e a China não têm meios para competir com os EUA. Abandonar os arsenais nucleares não faz parte dos seus planos. O mesmo acontece com a Índia e o Paquistão, e com Israel. Os EUA reformularão a sua dissuasão. E batem-se contra a proliferação. Apela o general Colin Powell: "Este é o momento em que temos de avançar, de arrastar os outros connosco, para reduzir o número de armas nucleares e, depois, as eliminar da face da Terra. " Se a desnuclearização é uma meta irrealista, a não proliferação pode ser tema de consenso, já que toca a segurança internacional.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU EUA UE
Metade do tráfego aéreo na Europa vai ser hoje anulado
Mais de 50 por cento do tráfego aéreo previsto para hoje na Europa deverá ser anulado por causa da nuvem de cinzas vulcânicas que vem da Islândia, diz a organização europeia para a segurança da navegação aérea Eurocontrol. (...)

Metade do tráfego aéreo na Europa vai ser hoje anulado
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento -0.16
DATA: 2010-04-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mais de 50 por cento do tráfego aéreo previsto para hoje na Europa deverá ser anulado por causa da nuvem de cinzas vulcânicas que vem da Islândia, diz a organização europeia para a segurança da navegação aérea Eurocontrol.
TEXTO: A Eurocontrol conta que se realizem 11. 000 voos, quando num dia normal esse número seria de 28. 000. Dos 300 voos previstos para esta manhã entre a América do Norte e a Europa, só 100 a 120 puderam ser assegurados. O espaço aéreo continua fechado na Irlanda, Reino Unido, Bélgica, Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia, Estónia, no Norte da França, incluindo aeroportos de Paris, e em algumas zonas da Alemanha e da Polónia, incluindo Varsóvia. Na Holanda, foram suspensos todos os voos no aeroporto de Amesterdão. Na Alemanha, o encerramento do aeroporto de Frankfurt, o terceiro com mais tráfego do continente, agravou ainda mais a situação. Também estão fechados Tegel e Schonefeld, em Berlim, e os aeroportos de Hamburgo, Dusseldorf, Hanôver, Bremen, Munster, Colónia e Leipzig, que cancelaram todos os voos até às 14h00 de hoje. Em Espanha, continuam as longas filas, com pelo menos 453 cancelamentos de voos para outros aeroportos europeus. A nuvem de cinza aproxima-se agora da Rússia, mas o espaço aéreo russo permanece aberto. Entretanto, foi também encerrado o espaço aéreo sobre o Noroeste da República Checa. Os aviões vão continuar sem levantar no Reino Unido pelo segundo dia. O organismo de controlo aéreo decidiu alargar as restrições inéditas ao espaço aéreo pelo menos até à 1h00 de sábado. No Reino Unido deverão apesar de tudo ser autorizados hoje alguns voos entre Irlanda do Norte e as ilhas ocidentais da Escócia – durante a noite já foi permitida a aterragem de cinco voos vindos dos Estados Unidos nos aeroportos de Belfast, Prestwick e Glasgow. Ásia começa a ser afectadaO encerramento de alguns dos principais aeroportos europeus, como Heathrow, em Londres, Schipol, em Amesterdão, e Frankfurt, na Alemanha, que concentram grande parte do tráfego internacional, ameaça agora levar o caos aéreo até à Ásia e ao Pacífico, com as transportadoras a anular ou adiar muitos voos para a Europa. Há passageiros sem saberem quando poderão voar na Nova Zelândia, no Japão, na China e em Singapura. A australiana Quantas avisou que muitos voos para a Europa não poderão levantar até domingo, o mesmo acontecendo com a Air New Zealand, com a chinesa Cathay Pacific e com a japonesa Japan Airlines, que cancelaram já dezenas de voos. A erupção de um vulcão na Islândia levou a cancelamentos de voos por toda a Europa, devido ao receio de que as pequenas partículas de pedra, cristal e areia contidas nas cinzas possam danificar os motores dos aviões. A organização europeia de controlo do tráfego aéreo, Eurocontrol, já disse temer que os cancelamentos de voos possam continuar a durante o fim-de-semana. Notícia em actualização
REFERÊNCIAS:
Tempo domingo sábado
Xangai 2010: “Um primeiro dia em cheio” no pavilhão de Portugal
Responsáveis pela participação portuguesa na Expo 2010, em Xangai, manifestaram-se hoje satisfeitos com a afluência ao Pavilhão de Portugal, que ultrapassou os 10 mil visitantes logo no dia de abertura do certame. (...)

Xangai 2010: “Um primeiro dia em cheio” no pavilhão de Portugal
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.3
DATA: 2010-05-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Responsáveis pela participação portuguesa na Expo 2010, em Xangai, manifestaram-se hoje satisfeitos com a afluência ao Pavilhão de Portugal, que ultrapassou os 10 mil visitantes logo no dia de abertura do certame.
TEXTO: “Foi um primeiro dia em cheio. Correu tudo muito bem, com muita afluência, de manhã à noite”, disse à Lusa o comissário geral de Portugal, Rolando Borges Martins. “Estamos particularmente felizes”, acrescentou. A Expo2010, aberta desde ontem, é a mais concorrida exposição universal de sempre, com a participação de cerca de 240 países e organizações internacionais. Num balanço do primeiro dia, Rolando Borges Martins realçou ainda que a loja e a cafetaria-restaurante do pavilhão português registaram também “resultados muito positivos”. O movimento “excedeu largamente as expectativas”, disse. Portugal está representado na Expo 2010 com um pavilhão de 2000 metros quadrados, todo revestido de cortiça, e cujo tema é “uma praça para o mundo e um mundo de energias”. A Expo 2010, dedicada ao tema “Better City, Better Life” (Melhores Cidades, Melhor Qualidade de Vida), decorre até 31 de Outubro, numa área de 528 hectares (dez vezes a Expo 98, em Lisboa). Uma das atracções do pavilhão português é um filme de sete minutos projectado num espaço de 380 metros quadrados que faz lembrar a Praça do Comércio, em Lisboa. Documentos históricos evocativos dos 500 anos de contactos entre Portugal e a China, entre os quais o primeiro dicionário português-chinês, de 1583, e a aposta portuguesa nas energias renováveis estão também em evidência. Notícia corrigida às 14h41
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave chinês
Centro Pompidou inaugurou a sua extensão em Metz
O edifício de Shigeru Ban e Jean de Gastines custou 72,5 milhões de euros. Foi inaugurado com uma exposição que questiona o conceito de obra-prima. (...)

Centro Pompidou inaugurou a sua extensão em Metz
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento -0.1
DATA: 2010-05-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: O edifício de Shigeru Ban e Jean de Gastines custou 72,5 milhões de euros. Foi inaugurado com uma exposição que questiona o conceito de obra-prima.
TEXTO: Não é um museu convencional, já que não tem colecção própria; também não é apenas um centro para exposições temporárias - ambiciona ser mais do que isso. O novo Pompidou-Metz, ontem oficialmente inaugurado pelo Presidente francês, Nicolas Sarkozy, quer ser para esta cidade francesa a leste de Paris (80 minutos, de TGV) o que o Museu Guggenheim foi para Bilbau. "O que aqui se joga não é mais nem menos do que o renascimento da Lorena", disse na inauguração o Presidente francês, à frente de uma embaixada de centenas de convidados que viajaram de Paris e praticamente lotaram a capacidade do novo e desconcertante edifício projectado pela dupla de arquitectos Shigeru Ban, japonês, e Jean de Gastines, francês. Do que Sarkozy, citado pela agência AFP, estava a falar era do projecto mais amplo de modernização da capital da Lorena, uma cidade de 130 mil habitantes, deprimida e algo abandonada à sua imagem de velha praça militar (na fronteira com a Alemanha e o Luxemburgo) e de centro industrial que já viveu melhores dias. Agora, com o seu novo Pompidou - na que é a primeira "antena" na província de uma grande instituição cultural parisiense -, Metz começa a ver concretizado um puzzle de renovação urbanística numa área de 50 hectares que incluirá um centro de congressos e uma mediateca, além de novos espaços habitacionais e comerciais, num plano genericamente gizado pelo arquitecto-urbanista Nicolas Michelin. Por agora, o que chama mesmo a atenção no lugar é a arquitectura do Centro Pompidou-Metz: uma estrutura em "mikado" formada por três "caixas de sapatos" sobrepostas, suportadas por três pilares e cobertas por uma membrana que Shigeru Ban disse ter sido inspirada por um "chapéu de chinês" - e que o jornalista do Libération, Vincent Noce, associou a "uma casa dos Estrumfes", as personagens do ilustrador Pierre Culliford. Cem a 120 mil visitantesNo conjunto, o edifício tem uma área de 10 mil metros quadrados, metade destinados a exposições. Inclui dois auditórios, com 196 e 144 lugares cada. A construção, projectada há uma década e iniciada há três anos, custou 72, 5 milhões de euros. A expectativa dos responsáveis (o director é Laurent Le Bon) é que o museu atraia anualmente à capital da Lorena entre 100 mil e 200 mil visitantes. A exposição inaugural tem por título Obras-primas?, e reúne 780 obras dos principais nomes da arte moderna e contemporânea desde o início do século XX, empréstimos tanto da casa--mãe parisiense como dos museus do Louvre, Quai Branlay e Versalhes. Braque, Malevitch, Chagall, Léger, Brancusi, Kandinsky, Picasso, Ernst, Pollock, Giacometti e Dubuffet são alguns dos nomes representados na exposição que Vincent Noce classifica como "a Primavera de Metz, que convida a uma bem-humorada revolta contra todos os 'ismos'".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave chinês japonês
Coreia do Sul promete “ponderação” no caso do afundamento de navio militar
As autoridades sul-coreanas asseguraram hoje que o país responderá com “prudência e ponderação” ao ataque a um seu navio militar, há dois meses, pela Coreia do Norte. (...)

Coreia do Sul promete “ponderação” no caso do afundamento de navio militar
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento -0.1
DATA: 2010-05-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: As autoridades sul-coreanas asseguraram hoje que o país responderá com “prudência e ponderação” ao ataque a um seu navio militar, há dois meses, pela Coreia do Norte.
TEXTO: Este anúncio foi feito no final de uma reunião de emergência do Consleho de Segurança Nacional, que coincidiu com a chegada da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, à região. Ontem, o regime de Seul dera a conhecer as conclusões de uma comissão independente de investigação ao naufrágio da corveta “Cheonan”, a 26 de Março passado, na qual é sustentado que a embarcação fora “incontestavelmente” atingida por um torpedo disparado por um submarino norte-coreano. Este acidente – que causou a morte de 46 dos 104 marinheiros que estavam a bordo – fez elevar gravemente a já constante tensão entre os dois países. O Presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, qualificou o acto como uma “provocação militar e uma violação da Carta das Nações Unidas e dos acordos de paz” e abriu a porta à adopção de mais fortes sanções económicas contra o país vizinho, apelando desde ontem à cooperação da comunidade internacional neste intento. “Dado que este caso é muito sério e de alta importância, não podemos cometer nem o mais pequeno erro. Seremos muito prudentes em todas as medidas de resposta que tomarmos”, asseverou em comunicado o gabinete de Lee Myung-bak, cujos dois anos e meio de presidência tem estado marcados por um agudizar das relações com a Coreia do Norte. Mas o regime de Pyongyang mantém nada ter tido a ver com o afundamento da corveta, desvalorizando o relatório da comissão independente como uma “fabricação”. E fala cada vez mais agitadamente num cenário de “guerra suprema”, caso Seul decida retaliar. A agência noticiosa oficial norte-coreana avançava hoje que está já a ser considerado fazer subir o nível de alerta no país. As “medidas de resposta” da Coreia do Sul não deverão ser conhecidas antes do início da próxima semana, altura em que o périplo da chefe da diplomacia norte-americana vai já em velocidade cruzeiro na região. Hillary Clinton chegou hoje a Tóquio, onde permanece até amanhã, e passará depois o fim-de-semana em Xangai, antes de rumar a Pequim para dois dias de conversações com as lideranças chinesas – com o caso do “Cheonan” no topo da agenda. A secretária de Estado termina esta viagem em Seul, na próxima quarta-feira.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte guerra comunidade violação
Rock In Rio? O Rock In Rio é um outro mundo
É hoje, gente, é hoje! Haverá quem salive por este dia, com lacrimejar contido, desde que há um ano caiu da Ponte 25 de Abril a já habitual chuva de fogo-de-artifício que marca a contagem decrescente para o Rock In Rio. E se há quem salive e quem lacrimeje, não o faz simplesmente por pensar na tanta música que verá na Cidade do Rock. Isso terá acontecido há muito, muito tempo, quando Portugal se preparava para ser oficialmente da Europa e o Brasil estava a um passo de entrar no roteiro dos concertos de estádio. (...)

Rock In Rio? O Rock In Rio é um outro mundo
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-05-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: É hoje, gente, é hoje! Haverá quem salive por este dia, com lacrimejar contido, desde que há um ano caiu da Ponte 25 de Abril a já habitual chuva de fogo-de-artifício que marca a contagem decrescente para o Rock In Rio. E se há quem salive e quem lacrimeje, não o faz simplesmente por pensar na tanta música que verá na Cidade do Rock. Isso terá acontecido há muito, muito tempo, quando Portugal se preparava para ser oficialmente da Europa e o Brasil estava a um passo de entrar no roteiro dos concertos de estádio.
TEXTO: Em 1985, ano do primeiro Rock In Rio, o povo roqueiro brasileiro lacrimejou. Iria ver os Queen, os Iron Maiden, os AC/DC, Rod Stewart, James Taylor, os Scorpions, os Whitesnake e dezenas de outros que passaram pelos dez dias de festival. Em 2010, o povo português que lota a Cidade do Rock edição após edição tem Shakira hoje, Elton John amanhã, Muse dia 27, Miley Cyrus a 29 ou Megadeth a 30. Muito interessante, sem dúvida. "Mas o que é que isso interessa?", pergunta o homem que há dois anos, resoluto, inamovível, passou parte da tarde na fila de espera que lhe deu acesso ao magnífico sofá insuflável com que, semanas depois, deslumbrou os companheiros de veraneio da praia de Tavira. "E este ano também há comboio-fantasma?", quer saber a criança, dois anos menos criança do que quando viu materializar-se no Parque da Bela Vista a Feira Popular de que ouvira falar os mais velhos. Se já ouviu dizer que o Rock In Rio é um mundo, não julgue que é exagero. É mesmo. Um mundo paralelo, uma espécie de versão festival de Verão da fusão chinesa de comunismo e capitalismo. Ou seja, acolhe concertos, defende a ecologia e a ajuda os necessitados ("por um mundo melhor!") e é ao mesmo tempo um gigantesco parque de diversões apelando ao povo a que liberte efusivamente, e em alegre comunhão, as suas pulsões consumistas. Do Palco Mundo à tenda electrónica, passando pelo Palco Sunset, pelas várias zonas de alimentação, pelo espaço Fashion, onde são atendidos todos os sonhos capilares, pelos passatempos incessantes nos stands das várias marcas presentes, a música é uma constante. Está por todo o lado. É a argamassa que impede o Cidade do Rock de entrar em colapso. E assim será enquanto o Palco Sunset exibir os seus encontros musicais ao fim do dia (Boss AC & Yuri da Cunha estão lá esta tarde, Jorge Palma & Zeca Baleiro apresentam-se a 27); enquanto for possível passar pela zona mais alta do parque, observar o anfiteatro natural e perceber que, lá em baixo, no Palco Mundo, estão Mariza, Ivete Sangalo, John Mayer ou Shakira (a programação para esta noite), Elton John ou os reunidos Trovante, que chegarão amanhã, os épicos Muse, a adolescente Miley Cyrus ou os históricos Motörhead, que se dividirão pelas três datas de Rock In Rio da próxima semana (dias 27, 29 e 30 de Maio); enquanto houver gente a dançar de madrugada na tenda electrónica ao som de Major Lazer (amanhã), da house de Deadmau 5 ou do electro de Calvin Harrins (esta noite). Enquanto houver gente em palco, podemos viajar na roda gigante com vista sobre todo o recinto e sonhar com o serviço militar descendo o slide em frente ao palco principal (entretenimento clássico do Rock In Rio). E podemos experimentar a montanha-russa, apanhar o Elevador Sensorial de odores e temperaturas variáveis e testar a resistência do estômago, sentados em bancos confortáveis, na estrutura de queda livre (a Free Fall), que, por estar instalada nas proximidades da Shopping Village, a zona de compras, trava uma luta desigual pela atenção do público. No Rock In Rio, é devido um sincero agradecimento aos artistas. São eles que mantêm a Cidade do Rock de pé enquanto tal: são eles que nos asseguram que o festival é mesmo um festival - deixando desse modo o público livre para curtir a sua vida (que pode ser, atentem, experiência de 24 sobre 24 horas: este ano a organização erigiu um hotel, cujas suites serão atribuídas ao público por sorteio). Miley Cyrus e a zona VIPTendo isto em perspectiva, cremos até que seria possível às estrelas em cartaz passear pela Cidade do Rock sem incómodo e livres de fãs histéricos, anonimamente. Fora do palco, não haveria cá estrelatos. Seriam como cada um de nós. Excepção, naturalmente, para Shakira, a bomba líbano-colombiana, a She wolf que surge como grande destaque do dia de abertura. Dia de peso: Shakira abanando as ancas depois de Ivete Sangalo provocar um furacão tropical com os seus "levanta o pé do chão" e de Mariza inaugurar o Palco Mundo às 19h00 (entre Ivete e Shakira, para descansar o corpo, apresenta-se John Mayer e o seu blues de grande produção que faz as delícias das rádios americanas). Mas voltemos a Shakira, para fazer o tal exercício de imaginar como seriam as estrelas, se fossem meros anónimos. Ela não poderia aproveitar a Cidade do Rock, porque estaria a ser entrevistada em permanência para um qualquer canal televisivo português, assim demonstrando que não corresponde ao estereótipo de estrela pop vazia e que fala de coisas e outros assuntos interessantes, tanto em prime time como no resto do tempo. Deambulando pelo recinto, poderíamos ainda encontrar os reunidos Trovante percorrendo sofregamente as várias bancas de produtos oficiais, tentando pôr as mãos no máximo de merchandise disponível - merchandise dos próprios Trovante, entenda-se, que estas reuniões são raras (é a terceira desde 1999) e a banda de Luís Represas e João Gil quererão guardar tudo o que for possível para recordar o momento histórico. Os D"ZRT, que são gente nova e sobem a palco no dia da criançada (29 de Maio: Miley Cyrus, McFly, Amy McDonald), prefeririam por razões óbvias retocar penteado e maquilhagem no Espaço Fashion - sabem como é, na televisão está sempre tudo no lugar, mas os concertos dão nisto, despenteiam. E Miley Cyrus, a estrela da série Hannah Montana? Poderíamos vê-la, sem grande imaginação, a passear os seus 17 anos em prospecção de mercado pelo Espaço Kids. Ou melhor, talvez seja melhor reformular. Depois da recente revelação de um vídeo em que a impoluta estrela adolescente, ídolo de crianças mundo fora, protagoniza uma interessante table dance em festa com a equipa de filmagens, não espantaria que preferisse resguardar-se no castelo imponente que se ergue no ponto mais alto do Parque da Bela Vista: a zona VIP, fortaleza onde a beautiful people se resguarda do "povão". Tendo em conta o seu estatuto, Miley Cyrus não estaria simplesmente na zona VIP. Estaria na zona VIP da zona VIP - não está confirmado que exista, mas em que outro sítio se poderia refugiar para concentração e umas massagens relaxantes a estrela maior do festival, o Elton John de Your song, Daniel ou Sacrifice?Espaço SensorialQue mais? Ora, os Xutos & Pontapés arriscando, finalmente, aquilo que vêem os outros fazer em todos os Rock In Rio: subir a escadaria do Slide, com a bandeira nacional na mão e lançar-se. Depois gritariam "Portugal!" E os Muse, ou os Snow Patrol ou os Sum 41 (companheiros de cartaz a 27) observariam do palco aquele cenário. Por fim, no último dia, o dia em que o Rock In Rio ganha peso com os alemães Rammstein, os Megadeth de Dave Mustaine ou os Soulfly do ex-Sepultura Max Cavalera, Lemmy Kilmister, dos históricos Motörhead, andaria perdido e cabisbaixo, vagueando sem rumo pelo recinto. Ele que foi roadie e dealer de Jimi Hendrix (mas não se recorda muito bem, como afirmou em incontáveis entrevistas), procuraria um casino que não existe, um sítio onde lançar o Ace of spades em partida de póquer. Lenda viva rock"n"roll, homem com uma vida de excessos tatuados no corpo, peixe fora de água neste cenário, Lemmy Kilmister encontraria refúgio no Elevador Sensorial, cujos efeitos serão aquilo que o Rock In Rio tem de mais parecido com uma trip. Seguiria depois para uma viagem na roda gigante. Lá de cima, em todo o seu esplendor, as centenas de luzes piscando, os sons a misturar-se e o impressionante corrupio de gente. Novos e velhos, ricos e remediados. Sentados na relva, dançando ou caminhando até à próxima distracção, carregados com o material promocional acumulado durante o dia. Lá de cima, Lemmy Kilmister exclamaria, no último dia do Rock In Rio que começa hoje: "Isto é outro mundo. "
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Partidos LIVRE
Em Pyongyang, o regime produz arte
Uma oportunidade única para mostrar arte contemporânea da Coreia do Norte? Ou um serviço de propaganda ao regime de Pyongyang? O director do Museu de Artes Aplicadas (MAK) de Viena, Peter Noever, defende a primeira e responde no El País aos críticos que vêem um cunho político na exposição Flores para Kim Il-sung: "A arte é a única força social capaz de ultrapassar fronteiras." E recomenda-lhes que não fechem portas ao desconhecido. (...)

Em Pyongyang, o regime produz arte
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-05-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma oportunidade única para mostrar arte contemporânea da Coreia do Norte? Ou um serviço de propaganda ao regime de Pyongyang? O director do Museu de Artes Aplicadas (MAK) de Viena, Peter Noever, defende a primeira e responde no El País aos críticos que vêem um cunho político na exposição Flores para Kim Il-sung: "A arte é a única força social capaz de ultrapassar fronteiras." E recomenda-lhes que não fechem portas ao desconhecido.
TEXTO: O desconhecido, neste caso, confunde-se com o culto da personalidade de um líder e com uma visão idílica de um regime fechado e cruel. A exposição, que o MAK organiza até 5 de Setembro, mostra 16 retratos, nunca antes vistos fora do país, do "Eterno Líder" e fundador da Coreia do norte, Kim Il-sung - que morreu em 1994 e foi substituído pelo filho Kim Jong-il, o "Querido Líder". Em telas de grande dimensão, vê-se Kim Il-sung venerado pelo povo e próximo dele, aqui representado por pessoas alegres e orgulhosas. Também há quadros de paisagens paradisíacas e imagens de trabalhadores dedicados como símbolo das conquistas do Estado. É a visão oficial, propagandística e a única arte que pode ser produzida e mostrada na Coreia do Norte. Foram precisos sete anos de negociações com a Galeria de Arte Coreana, o museu oficial do regime, para que a exposição fosse possível. Apesar das dificuldades, diz o director do museu austríaco, citado pelo jornal on-line Artdaily, Flores para Kim Il-sung é um sinal de abertura de Pyongyang, mesmo que ténue e pelo menos no que toca às artes. E, por estas razões, sugere: "A exposição não devia, em ocasião alguma, ser vista como uma tomada de posição política, mas como uma oportunidade única de ver a arte" norte-coreana e de a usar como ponto de partida para discutir a "idealização da República Democrática Popular da Coreia". Artistas do regimeNa exposição, que reúne arte contemporânea, posters e arquitectura, há também maquetas como a da Torre Juche, a construção em granito mais alta do mundo e símbolo da capital norte-coreana. Há ainda fotografias de Pyongyang, descrita como "Paraíso na Terra". A cidade foi totalmente destruída durante a guerra das Coreias (1950-1953) e reconstruída com grandes alamedas e edifícios imponentes seguindo os modelos chinês e soviético. Do Estádio 1. º de Maio, outro exemplo da arquitectura monumental norte-coreana, podem ver-se fotografias. Às 100 obras de arte - óleos, desenhos e aguarelas - juntam-se 30 posters de propaganda. O Artdaily refere ainda que, para trabalhar, todos os criadores na Coreia do Norte têm de ser membros da associação estatal dos artistas e produzir um determinado número de obras para receberem um salário mensal. Muitos estão activos no país e nenhum, em particular, se destaca. Na exposição no MAK, Jong hui Jin, por exemplo, mostra os seus quadros, e Kim Kyong Hun, entre outros, os seus posters.
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Palavras-chave guerra filho chinês salário
China insiste no diálogo em vez do confronto para resolver a crise das Coreias
O regime de Pequim reiterou que “o diálogo é preferível ao confronto” para lidar com a presente crise diplomática entre a Coreia do Norte e Coreia do Sul que está a afectar todo o equilíbrio geoestratégico na região. (...)

China insiste no diálogo em vez do confronto para resolver a crise das Coreias
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-05-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: O regime de Pequim reiterou que “o diálogo é preferível ao confronto” para lidar com a presente crise diplomática entre a Coreia do Norte e Coreia do Sul que está a afectar todo o equilíbrio geoestratégico na região.
TEXTO: “Esperamos sinceramente que todas as partes envolvidas mantenham a calma e contenção”, insistiu hoje a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Jiang Yu, em conferência de imprensa, no último dia da visita ao país da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton. A China, derradeiro aliado da Coreia do Norte no tabuleiro internacional, mantém-se longe do coro de vozes que condenam o regime de Pyongyang pelo naufrágio de um navio militar sul-coreano a 26 de Março passado. Pequim quer fazer a sua própria “avaliação”. Coreia do Norte e Coreia do Sul trocam há várias semanas palavras azedas – e em cada vez maior crescendo de agressividade – desde o naufrágio da corveta "Cheonan", que uma comissão de peritos internacionais atribuiu ao disparo de um torpedo submarino norte-coreano. Pyongyang desmente veementemente qualquer responsabilidade no incidente, em que morreram 46 marinheiros sul-coreanos, e acusa Seul de estar a “fabricar” provas, abrindo a porta a uma retaliação armada. Aviso de "acções militares"Hoje mesmo o regime de Pyongyang reforçou as ameaças ao vizinho do Sul, com o qual permanece tecnicamente em guerra desde o conflito de 1950-53 para o qual nunca foi assinado um armistício. O exército acusou a marinha sul-coreana de ter entrado nas suas águas territoriais na zona fronteiriça ocidental e avisou que tomará “acções militares” em resposta, dava conta a agência noticiosa oficial KCNA. "É uma provocação deliberada que visa levar a um outro conflito no mar Amarelo e, assim, conduzir a uma fase de guerra", indicava aquela agência norte-coreana, precisando que em dez dias, dezenas de navios militares sul-coreanos ultrapassaram os limites fronteiriços. Porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Sul desmentiu, porém, que qualquer intrusão tenha ocorrido dos navios do país em território da vizinha Coreia do Norte. Desde quinta-feira, data em que foram conhecidas as conclusões da comissão de peritos ao naufrágio do “Cheonan”, o líder norte-coreano, Kim Jong-il, terá decretado o estado de alerta máximo para as suas forças armadas, revelavam também hoje os media sul-coreanos citando o grupo de exilados e dissidentes norte-coreanos Solidariedade Intelectual da Coreia do Norte. Os media da Coreia do Sul avançavam ainda que as forças de segurança do país estão actualmente a tentar confirmar aquela informação. Notícia actualizada às 10h25
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra chinês