Portal das Finanças alerta para mails fraudulentos
Andam a circular e-mails falsos, supostamente enviados pelo Portal das Finanças, que pede aos contribuintes para carregarem num link que os remete para uma página onde os seus dados são recolhidos por hackers. (...)

Portal das Finanças alerta para mails fraudulentos
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Andam a circular e-mails falsos, supostamente enviados pelo Portal das Finanças, que pede aos contribuintes para carregarem num link que os remete para uma página onde os seus dados são recolhidos por hackers.
TEXTO: O Ministério das Finanças e da Administração Pública (MFAP) alerta para o facto de tais mensagens não passarem de um ataque de phishing, referindo que “embora, aparentemente, o link esteja apontado para o site Portal das Finanças, a ligação é efectuada para um domínio de um país asiático. O ficheiro infectado é proveniente de um site de um país da América do Norte”. De acordo com o ministério, são enviadas mensagens falsas, que usam uma imagem das Declarações Electrónicas e que têm o seguinte texto “informativo no link abaixo”, seguido do link e da expressão “disponível por 72 horas”. “Todas as mensagens e-mail que a Direcção-Geral das Contribuições e Impostos (DGCI) envia aos contribuintes identificam sempre o nome completo e o número de identificação fiscal (NIF) dos destinatários. A DGCI não envia nunca mensagens de correio electrónico genéricas e sem aquela identificação. O nome e o NIF que são enviados nas mensagens e-mail são sempre exactamente iguais aos que constam do cartão do contribuinte (ou do cartão do cidadão)”, explica o MFAP, que acrescenta ainda que “a DGCI só envia mensagens e-mail aos contribuintes que tenham senha de acesso ao Portal das Finanças e que a tenham autorizado a enviar-lhes essas mensagens. As mensagens são sempre enviadas para o endereço electrónico que os contribuintes indicaram no Portal das Finanças e nunca para qualquer outro”.
REFERÊNCIAS:
Entidades MFAP
UE emite mais 4,75 mil milhões de euros para financiar Portugal e Irlanda
A União Europeia (UE) volta hoje ao mercado para emitir, pelo segundo dia consecutivo, 4,75 mil milhões de euros de dívida, através do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF), para financiar os pacotes de assistência financeira de Portugal e da Irlanda. (...)

UE emite mais 4,75 mil milhões de euros para financiar Portugal e Irlanda
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: A União Europeia (UE) volta hoje ao mercado para emitir, pelo segundo dia consecutivo, 4,75 mil milhões de euros de dívida, através do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF), para financiar os pacotes de assistência financeira de Portugal e da Irlanda.
TEXTO: É a segunda vez em dois dias que a UE realiza um leilão de dívida com o mesmo montante, por via de um dos fundos que gere os empréstimos euyropeus, segundo uma informação avançada pela agência financeira Bloomberg, mas não confirmada oficialmente pela Comissão Europeia. A emissão de obrigações de hoje tem a maturidade de cinco anos, enquanto a de ontem vencerá apenas em 2021 e terá uma taxa de juro de 3, 5 por cento. Na dívida emitida na terça-feira, a procura ultrapassou três vezes a oferta, sendo que o maior lote de compradores de obrigações foi de países europeus, a par de boa parte de investidores asiáticos. O primeiro leilão de dívida desta semana destina-se a financiar a primeira fatia do resgate financeiro a Portugal, de 1, 75 mil milhões de euros que vão chegar aos cofres do Estado português a 31 de Maio. O montante faz parte dos 52 mil milhões de euros que o país vai receber de emprésitmo do lado europeu (os 26 mil milhões de euros que restam são accionados pelo Fundo Monetário Intarnacional).
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
Portugal recebe 1,75 mil milhões do empréstimo europeu a 31 de Maio
A primeira parte do pacote de assistência financeira a Portugal vai chegar aos cofres do Estado a 31 de Maio, na mesma altura em que a Irlanda recebe mais uma fatia do seu pacote de assistência externa. Para conceder as tranches aos dois países, o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF) foi hoje ao mercado financiar-se em 4,75 mil milhões de euros. (...)

Portugal recebe 1,75 mil milhões do empréstimo europeu a 31 de Maio
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: A primeira parte do pacote de assistência financeira a Portugal vai chegar aos cofres do Estado a 31 de Maio, na mesma altura em que a Irlanda recebe mais uma fatia do seu pacote de assistência externa. Para conceder as tranches aos dois países, o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF) foi hoje ao mercado financiar-se em 4,75 mil milhões de euros.
TEXTO: Os 1, 75 mil milhões de euros que vão chegar dias antes das eleições legislativas são a primeira parte da fatia de 26 mil milhões de euros que a Comissão Europeia vai emprestar através do MEEF, por si gerido. Sobre esta primeira parte da ajuda, Portugal vai pagar uma taxa de juro de 5, 68 por cento (dentro da margem definida na semana passada), que corresponde à margem de dois por cento aplicada sobre o juro pago por Bruxelas, mais 0, 15 por cento para gastos administrativos, explicou à Lusa uma fonte comunitária não identificada pela agência de notícias. Ainda do lado europeu, outros 26 mil milhões vão chegar através do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) ao longo do tempo, sendo o restante montante do total do empréstimo de 78 mil milhões de euros accionado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Do lado de Washington, serão entregues, para já, 6, 1 mil milhões de euros. Dias a seguir ao pedido de ajuda externa a Bruxelas, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, dissera esperar que a primeira tranche da ajuda chegasse precisamente nesta altura, para Portugal fazer face aos compromissos financeiros. A Irlanda vai receber, também a 31 de Maio, mais três mil milhões no quadro da ajuda de 80 mil milhões de euros acordada com a União Europeia e o FMI em Novembro passado. A dívida de 4, 75 mil milhões de euros emitida hoje por Bruxelas, através do MEEF, para financiar parte do resgate português e irlandês vence em Junho de 2021 e será paga com um juro de 3, 5 por cento, avança a Comissão Europeia em comunicado. Na emissão de hoje, a procura ultrapassou três vezes a oferta e foram maioritariamente investidores da Europa a comprar as obrigações emitidas – França 22 por cento, Alemanha e Áustria, no seu conjunto, 15 por cento, Reino Unido igualmente 15 por cento, Bélgica, Holanda e Luxemburgo 8 por cento, e os países nórdicos sete. Mas 25 por cento das obrigações europeias foram compradas por investidores asiáticos, que a Comissão Europeia não discriminou por país. Notícia actualizada às 20h56
REFERÊNCIAS:
Entidades FMI
Mexicano Carstens apresenta candidatura à liderança do FMI
O governador do Banco Central do México, Agustín Carstens, apresentou hoje a candidatura para o cargo director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), posicionando-se como o candidato dos países emergentes. (...)

Mexicano Carstens apresenta candidatura à liderança do FMI
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: O governador do Banco Central do México, Agustín Carstens, apresentou hoje a candidatura para o cargo director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), posicionando-se como o candidato dos países emergentes.
TEXTO: Agustín Carstens, que se encontrava de visita à Índia, disse na capital Nova Deli que a eleição do novo líder do FMI, que sucederá a Dominique Strauss-Kahn, deve decorrer de uma forma “transparente” e “em função dos méritos”, conforme relatou a agência de notícias espanhola, EFE. “Tenho as características, as competências e a experiência para ocupar este posto”, assegurou o responsável numa conferência de imprensa, após ter mantido reuniões com o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, e outras autoridades do gigante asiático. O candidato mexicano realçou que as economias emergentes representam já 50 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e prometeu, no caso de ser eleito, conceder “maior representação no FMI a países como a Índia, o Brasil ou a China”. E defendeu que estes países devem ter “mais voz” no FMI. A visita de Carstens à Índia acontece três dias depois de a sua principal oponente, a ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, ter também visitado a Índia e defendido a sua candidatura para liderar o FMI. Após a visita de Lagarde, o governo indiano manifestou o desejo de que as potências emergentes formem “parte do consenso” na eleição, mas até ao momento não se comprometeu no apoio a nenhuma candidatura. O antigo director geral do FMI, o francês Dominique Strauss-Kahn, demitiu-se do cargo a 19 de Maio, depois de ter sido acusado de sete crimes de agressão sexual e tentativa de violação de uma empregada de um hotel em Nova Iorque, encontrando-se nesta altura em prisão domiciliária.
REFERÊNCIAS:
Entidades FMI
Obama oferece à Índia a promessa de um lugar no Conselho de Segurança da ONU
No último dos três dias de visita à Índia, Barack Obama ofereceu, no seu discurso no Parlamento, o presente diplomático mais cobiçado pelas autoridades indianas: o apoio às suas ambições de um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, quando este for reformado, para deixar de ter como membros permanentes apenas as cinco primeiras potências nucleares. (...)

Obama oferece à Índia a promessa de um lugar no Conselho de Segurança da ONU
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.1
DATA: 2010-11-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: No último dos três dias de visita à Índia, Barack Obama ofereceu, no seu discurso no Parlamento, o presente diplomático mais cobiçado pelas autoridades indianas: o apoio às suas ambições de um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, quando este for reformado, para deixar de ter como membros permanentes apenas as cinco primeiras potências nucleares.
TEXTO: “Nos próximos anos, espero que tenhamos um Conselho de Segurança que inclua a Índia como membro permanente”, disse o Presidente dos EUA, aplaudido entusiasticamente pelos deputados (ver declarações de Obama sobre economia na p. 24). Mas este reconhecimento não se dá de mão beijada, sublinhou Obama. “Permitam-me sugerir que com um maior poder vem uma maior responsabilidade. ” Desta forma, criticou implicitamente o apoio que a Índia tem dado à junta militar birmanesa, e sublinhou as responsabilidades que o país, como potência nuclear, tem de assumir quanto à proliferação atómica, devido aos contactos que tem mantido com o Irão, realçou o jornal britânico The Guardian. A “grande ideia”Este apoio não se deve concretizar em nada muito palpável em breve, pois a reforma do Conselho de Segurança “é um processo complicado e difícil, e pode demorar um tempo significativo” até a Índia se tornar um membro permanente, disse o subsecretário de Estado para os Assuntos Políticos, William Burns, citado pelo site Politico. com. Os EUA apoiaram também o Japão para um lugar permanente. No entanto, a ideia de que EUA e Índia são a “parceria indispensável” do século XXI, como foi Obama dizer ao Parlamento em Nova Deli, sossegou muitos observadores políticos e diplomáticos, tanto na Índia como nos EUA. Havia quem temesse existir uma fixação demasiado grande na China, e se atormentasse por não haver “uma grande ideia” a orientar as relações entre as duas grandes democracias — como o acordo no nuclear civil estabelecido por George W. Bush, que deu um lastro de legitimidade à Índia nesta área. Mas entre os especialistas em política internacional indianos também há críticos desta ambição por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU — que poderia nem ter direito de veto, pois os EUA, a Rússia, a China, o Reino Unido e a França podem vir a decidir não abdicar da exclusividade desse direito. Há quem defenda, na Índia, que o G20 — que terá uma reunião esta semana, na Coreia do Sul, na qual Obama vai participar, bem como o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh — é um fórum mais adequado para o país de 1, 2 mil milhões de habitantes, que é uma potência económica emergente, se afirmar. Mas há também um outro nível de leitura possível, que é o de saber a quem se dirige a mensagem desta manifestação de amizade dos EUA à Índia, para além de Nova Deli. Essa terceira parte é sobretudo a China, o maior rival económico da Índia, e o outro gigante nuclear asiático, e provavelmente o maior opositor à eventual entrada de Nova Deli no Conselho de Segurança — ou até mesmo do Japão, dizem analistas de política internacional. “O Presidente Obama fez um belo discurso no Parlamento indiano — e também para a China e para o Paquistão, que claramente eram públicos-alvo também”, escreveu no seu blogue o comentador do New York Times Nicholas Kristof. “A ênfase em como a democracia não impede um país em desenvolvimento de crescer economicamente é sobre a China. Bem como o sublinhar dos laços entre as duas grandes democracias [EUA e Índia] foi um contraste estudado com as relações sino-americanas, em especial após a atribuição do Nobel da Paz a Liu Xiaobo. ”Hoje, o Presidente Obama chega à Indonésia, onde viveu na infância.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU EUA
Obama vai à Birmânia na próxima semana e encontra-se com Aung Suu Kyi
Barack Obama, estará na Birmânia dia 17 para se encontrar com a líder da oposição, Aung Suu Kyi, e com o chefe de Estado, Thein Sein. Será a primeira vez que um Presidente americano visita este país. De acordo com um comunicado emitido esta quinta-feira pela Casa Branca, Obama - que há dias foi reeleito para um segundo mandato de quatro anos - irá também à Tailândia e ao Camboja e a viagem pelos três países terminará no dia 20. Este périplo por países da Ásia decorrerá a propósito da cimeira das nações do sudeste asiático, que terá lugar no Camboja. A primeira paragem, na Birmânica, será a de maior significado ... (etc.)

Obama vai à Birmânia na próxima semana e encontra-se com Aung Suu Kyi
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
TEXTO: Barack Obama, estará na Birmânia dia 17 para se encontrar com a líder da oposição, Aung Suu Kyi, e com o chefe de Estado, Thein Sein. Será a primeira vez que um Presidente americano visita este país. De acordo com um comunicado emitido esta quinta-feira pela Casa Branca, Obama - que há dias foi reeleito para um segundo mandato de quatro anos - irá também à Tailândia e ao Camboja e a viagem pelos três países terminará no dia 20. Este périplo por países da Ásia decorrerá a propósito da cimeira das nações do sudeste asiático, que terá lugar no Camboja. A primeira paragem, na Birmânica, será a de maior significado político. De acordo com analistas ouvidos pela Reuters, o Governo de Obama vê na Birmânia, e na sua mudança política, uma oportunidade de alargar a sua rede de influência de forma a equilibrar o peso da China na região. O Governo birmanês iniciou um processo de reformas económicas e políticas que a Administração Obama encorajou. Em Dezembro de 2011, a secretária de Estado Hillary Clinton esteve naquele país, o que foi também uma estreia para um responsável por este cargo. Posteriormente, Aung Suu Kyi esteve em Washington - depois de anos de prisão domiciliária, a líder d aoposição e Prémio Nobel da Paz viajou à Europe e aos EUA, onde foi recebida informalmente por Obama, em Setembro. Washington nomeou um embaixador para a Birmânia e suspendeu a maior parte das sanções que aprovara contra o país devido à prisão de Aung Suu Kyi, que foi libertada e eleita para o parlamento. O próximo passo será o levantamento da proibição da importação de produtos alimentares americanos para a Birmânia.
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Entidades EUA
Matthieu Paley, um nómada que fotografa comunidades sem fronteiras
Pergunte-se a um vencedor de um World Press Photo, fotógrafo há duas décadas, colaborador regular da National Geographic, quando é que soube que podia viver da fotografia pela primeira vez e a resposta pode ser desarmante. “Acho que ainda duvido hoje em dia”, ri-se à gargalhada Matthieu Paley, para logo a seguir se recompor: “É esta a realidade de ser freelancer. Duvido do meu trabalho e duvido sempre do que irá acontecer nos próximos meses. A diferença é que agora sou mais confiante do que há 20 anos, quando comecei. ”Resposta mais curta: soube no Butão, em 2000, aquando da primeira missão para uma das mais rele... (etc.)

Matthieu Paley, um nómada que fotografa comunidades sem fronteiras
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-19 | Jornal Público
TEXTO: Pergunte-se a um vencedor de um World Press Photo, fotógrafo há duas décadas, colaborador regular da National Geographic, quando é que soube que podia viver da fotografia pela primeira vez e a resposta pode ser desarmante. “Acho que ainda duvido hoje em dia”, ri-se à gargalhada Matthieu Paley, para logo a seguir se recompor: “É esta a realidade de ser freelancer. Duvido do meu trabalho e duvido sempre do que irá acontecer nos próximos meses. A diferença é que agora sou mais confiante do que há 20 anos, quando comecei. ”Resposta mais curta: soube no Butão, em 2000, aquando da primeira missão para uma das mais relevantes revistas do mundo que, desde aí, já o vê como um dos fotógrafos da casa. “Senti que com a National Geographic tinha finalmente um nome grande com quem podia dizer que já tinha trabalhado. E estava pronto para me afirmar como fotógrafo. ”Nessa altura, Matthieu, agora com 45 anos, estava a viver no Norte do Paquistão depois de três anos a estudar Fotografia em Nova Iorque. Em França, onde nasceu, ficou o curso em Comércio Internacional, com especialização nos mercados asiáticos — porque não sabia "ainda" o que fazer; porque é o percurso “tradicional a seguir em França e tantos outros países”; porque era pela Ásia que queria viajar. Ainda na faculdade, aprendeu coreano e desde aí que as várias línguas que fala são “ferramentas essenciais do kit de fotógrafo” especialista em comunidades remotas e nómadas que construiu. São elas que ajudam, também, a explicar a dispersão no mapa de trabalhos, viagens, casas, família que Matthieu tem vindo a traçar. Se tem o francês como língua nativa, no dia-a-dia o fotógrafo fala mais em inglês. É casado com uma mulher alemã e por isso fala alemão. O filho mais velho nasceu em Hong Kong e o segundo na Turquia, onde a família viveu sete anos , tempo suficiente para ele aprender turco. Outros cinco anos foram passados na Índia e no Paquistão, daí o hindi e o urdu que fala fluentemente. Trabalhou ainda com organizações não governamentais no desenvolvimento e protecção de regiões remotas nas montanhas no Tajiquistão e no Afeganistão, onde aprendeu uma língua local antiga que "é falada apenas por 60 mil pessoas". Agora, o próximo capítulo lê-se em português — “é verdade, falo espanhol, esqueci-me dessa!" — e, espera, será mais longo do que as aventuras anteriores. Matthieu mudou-se para Portugal este ano porque queria "ficar mais perto de casa e num sítio onde pudesse investir para os próximos dez anos”. Encontrou-o na Serra da Arrábida, em Setúbal, depois de uma viagem de quatro meses pelo país, a bordo de uma carrinha onde coube a família toda — a mesma que trouxeram até Aveiro, ao National Geographic Exodus Fest, o evento que serviu de mote ao encontro do P3 com o fotógrafo (e, já agora, com o "artivista" Von Wong). Montar uma base no Sul de Portugal não é o mesmo que dizer que Matthieu Paley vai estar sempre por cá. A lista de futuros trabalhos (e viagens) vai debruçar-se sobre poluição, um tema que não está “muito entusiasmado por fotografar”, mas que reconhece ser “algo que todos os fotógrafos deveriam passar algum tempo a fazer nestes dias”. Por outro lado, os temas que realmente o empolgam não aparecem como ele “sentado em frente ao computador, a pesquisar”. “Tu estás lá e alguma coisa acontece. Percebes que podes perseguir aquilo e o que acontece a seguir torna-se a tua obsessão. "Foi assim que completou, por exemplo, uma série fotográfica sobre a evolução da dieta humana, para a National Geographic. Uma viagem pela "comida ancestral" que o levou a conhecer comunidades na Malásia, Paquistão, Tajiquistão, Afeganistão, Gronelândia, Bolívia, Tanzânia, Grécia. Se, quando começou, achou este e outros trabalhos possíveis? "Nunca esperei fazer o que faço. Só me certifiquei que, de vez em quando, me voltava a focar nos meus objectivos. E essa é a parte mais difícil do trabalho. Entenderes-te a ti mesmo e descobrires o que realmente queres fazer. "
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Palavras-chave filho mulher
Custos do transporte prejudicam economia nacional
A política de transportes em Portugal partiu do errado pressuposto de que o preço dos combustíveis continuaria a ser baixo e, por essa razão, a maior parte do investimento foi para a rodovia, que é o modo de transporte mais caro e menos eficiente. O que se passou nos últimos 15 anos é a demonstração que a política de transporte tem de ser alterada. Foram investidos dezenas de milhares de milhões de Euros em infra-estruturas rodoviárias e o país ficou com um sistema de transporte dos mais caros da Europa o que tornou a economia menos competitiva. Em 2001, um litro de gasóleo custava 0, 65 euros. Em 2011, passados ... (etc.)

Custos do transporte prejudicam economia nacional
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-01-16 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20120116160515/http://www.publico.pt/carga_transportes/Noticia/1529177
TEXTO: A política de transportes em Portugal partiu do errado pressuposto de que o preço dos combustíveis continuaria a ser baixo e, por essa razão, a maior parte do investimento foi para a rodovia, que é o modo de transporte mais caro e menos eficiente. O que se passou nos últimos 15 anos é a demonstração que a política de transporte tem de ser alterada. Foram investidos dezenas de milhares de milhões de Euros em infra-estruturas rodoviárias e o país ficou com um sistema de transporte dos mais caros da Europa o que tornou a economia menos competitiva. Em 2001, um litro de gasóleo custava 0, 65 euros. Em 2011, passados 10 anos, esse valor mais que duplicou. O salário mínimo, em 2001, era de 348 Euros e, em 2011, mal chegou aos 500 Euros. Em muitas regiões de Portugal, devido à introdução de portagens nas ex-SCUT, as viaturas particulares passaram a pagar 8 a 9 cêntimos por quilómetro, o que corresponde a 8 a 9 Euros por 100 quilómetros (km). Equivale, em média, a pagar o dobro por cada 100 km antes das portagens. Comparando os preços de 2001 com 2011, passados 10 anos, então, uma viatura individual paga quatro vezes mais ou o dobro se não existir portagem!O transporte rodoviário de mercadorias movimenta cerca de 97% do total nacional. Este sector, em Portugal, caracteriza-se pelo transporte por conta própria e no baixo nível de especialização o que o torna muito frágil perante a concorrência de grandes empresas internacionais especializadas neste ramo. O resultado do transporte por conta própria, conjugado com a sua baixa especialização, leva a que no nosso país seja necessário o dobro do número dos camiões para transportar a mesma quantidade de mercadoria que na União Europeia (UE). As consequências desta realidade são o aumento do consumo de energia, da poluição, desgaste acrescido das infra-estruturas rodoviárias, acidentes e respectivos custos. No resto da Europa a maioria do transporte rodoviário é efectuado por profissionais, enquanto que, em Portugal, ele é feito por pequenas empresas com fraca especialização. A solução deste problema passa por se criar uma regulamentação do sector. Eficiência energética no metroSegundo estudos da União Internacional de Transporte Público (UITP) sobre utilização de energia, o transporte público na Europa consome quatro vezes menos energia, por cada passageiro transportado, do que a viatura individual e, no Japão, essa diferença é de dez para um. O baixo valor verificado neste país asiático explica-se pelo uso intensivo das redes ferroviárias mais eficientes do mundo. Num automóvel que tenha uma ocupação média de 1, 7 passageiros, o consumo por pessoa transportada é de 6 litros de gasolina aos 100 quilómetros. O consumo de energia dos autocarros e dos comboios é cerca de 3 a 5 vezes mais eficaz que o do automóvel ou do avião por pessoa e por Km. O metropolitano é o meio mais rentável do ponto de vista energético. Se os autocarros tivessem uma ocupação de 100%, o consumo por passageiro, seria muito mais baixo e até se poderia aproximar dos valores do metropolitano. Tendo em conta as taxas de ocupação reais, os autocarros não são o transporte mais eficiente. Nos Estados Unidos da América o automóvel é o meio mais utilizado pela grande maioria dos habitantes nas suas deslocações. Nas viagens urbanas, o seu consumo é o triplo do da Europa e quatro vezes maior que o do Japão, segundo um estudo da UITP. A opção pelo transporte público tem sido uma realidade tanto nos países desenvolvidos como nos em vias de desenvolvimento. Na cidade de Bogotá, capital da Colômbia, por exemplo, desde que se criaram três linhas de autocarros de grande capacidade de um sistema designado por transmilénio, foi possível transportar cerca de 700 mil passageiros, por dia, 42 mil nas horas de ponta. Estas medidas foram complementadas com a restrição do uso do automóvel, nas horas de ponta, e pela renovação urbana daquela cidade. Na Suíça, que é dos países mais ricos do mundo, também foi efectuada uma aposta forte no transporte colectivo como meio de melhorar a mobilidade, especialmente nas cidades de Berna ou Zurique. As cidades que gastam menos energia no transporte são as de maior densidade populacional e onde os cidadãos se deslocam preferencialmente a pé ou através de transporte públicoRui Rodrigues Email: rrodrigues. 5@netcabo. pt Site: www. maquinistas, org
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Entidades UE
Adeus, Médio Oriente?
Desde há algum tempo a esta parte tem ganho força uma certa visão estratégica: os Estados Unidos estão a tornar-se independentes em termos energéticos, abrindo o caminho para a sua retirada política do Médio Oriente e justificando a sua "rotação" estratégica no sentido da Ásia. Esta perspectiva parece intuitivamente correcta, mas será mesmo assim?A fome de energia da América depende desde há muito do mercado global para satisfazer a sua procura interna. Em 2005, os EUA importaram 60% da energia que consumiram. Desde então, no entanto, a proporção de energia importada diminuiu, e essa tendência deve continuar. Esp... (etc.)

Adeus, Médio Oriente?
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-12-16 | Jornal Público
TEXTO: Desde há algum tempo a esta parte tem ganho força uma certa visão estratégica: os Estados Unidos estão a tornar-se independentes em termos energéticos, abrindo o caminho para a sua retirada política do Médio Oriente e justificando a sua "rotação" estratégica no sentido da Ásia. Esta perspectiva parece intuitivamente correcta, mas será mesmo assim?A fome de energia da América depende desde há muito do mercado global para satisfazer a sua procura interna. Em 2005, os EUA importaram 60% da energia que consumiram. Desde então, no entanto, a proporção de energia importada diminuiu, e essa tendência deve continuar. Espera-se que os EUA se tornem auto-suficientes em termos energéticos em 2020, e que se transformem num exportador de petróleo em 2030. Este cenário proporcionaria aos EUA três vantagens enormes. Melhoraria a competitividade económica dos EUA, especialmente no que respeita à Europa, dados os menores custos envolvidos na extracção de petróleo a partir do xisto betuminoso. Também diminuiria a exposição da América ao crescente desconforto no mundo árabe. Finalmente, aumentaria a vulnerabilidade do principal rival estratégico da América, a China, que se está a tornar cada vez mais dependente dos fornecimentos de energia do Médio Oriente. É óbvio que estes factos necessitam de ser seriamente encarados, mas as suas implicações para a política externa dos EUA no Médio Oriente não devem ser elaboradas precipitadamente. Acima de tudo, embora a dependência energética seja um elemento-chave da política dos EUA na região, está longe de ser o único factor. A segurança de Israel e o desejo de conter o Irão são igualmente importantes. Aliás, o papel do Médio Oriente na geopolítica energética global aumentará de importância nas próximas décadas, tornando difícil perspectivar que uma superpotência como os EUA possa simplesmente afastar-se da região. Nos próximos 15 anos, os países da OPEP serão responsáveis por 50% da produção global de petróleo, comparado com os actuais 42%. Além disso, o país onde este aumento provavelmente mais se baseará será o Iraque. Poderiam os EUA ignorar um país que, em cerca de 10 anos, se tornará o segundo maior exportador de petróleo do mundo, gerando anualmente mais de 200 mil milhões de dólares em receitas, sendo ao mesmo tempo cada vez mais dominado por um regime xiita autoritário que está próximo do Irão? Retirar-se-iam, perante a consequente ameaça estratégica aos seus três aliados – Arábia Saudita, Turquia e – na região?Uma tal possibilidade parece ainda mais longínqua enquanto a crise nuclear iraniana permanecer irresoluta e a crise síria continuar a alargar a divisão existente na região entre xiitas e sunitas (reflectida numa tensão crescente entre a Turquia e o Irão). Mesmo quando o Presidente dos EUA, Barack Obama, visitou a Ásia em Novembro – uma viagem com o objectivo de sublinhar a "rotação" da América – foi forçado a investir tempo e atenção consideráveis a mediar um cessar-fogo em Gaza, entre Israel e o Hamas. De facto, se o petróleo fosse realmente o único ou o mais importante interesse da América no Médio Oriente, a sua relação especial com Israel seria incompreensível, devido aos danos que provoca aos interesses dos EUA relativamente aos exportadores de petróleo árabes. Mesmo no apogeu da sua dependência energética relativamente ao Médio Oriente, os EUA raramente alteraram a sua política de apoio a Israel. Também é importante manter em mente que, em 1973, os EUA sofreram menos com o embargo de petróleo da OPEP do que a Europa, embora a América, que apoiara Israel na sua guerra com o Egipto e a Síria em Outubro desse ano, fosse o alvo principal. Em última instância, a posição dos EUA na região ficou fortalecida, depois de o Egipto se ter tornado um aliado de Washington e ter feito a paz com Israel. O crescente interesse da China no Médio Oriente também diminui a probabilidade de uma retirada norte-americana. Os EUA permanecerão preocupados em garantir a segurança dos fornecimentos de energia aos seus aliados asiáticos, que, como a China, estão cada vez mais dependentes dos exportadores de petróleo da região. Não obstante, mesmo que um abandono americano do Médio Oriente pareça altamente improvável, a exposição dos EUA à região deverá na verdade decrescer; à medida que isso for acontecendo, o papel da América na zona tornar-se-á provavelmente mais moderado – e talvez mais cínico. O seu envolvimento no conflito israelo-palestiniano será provavelmente limitado à manutenção do status quo, mais do que à procura de um acordo global. Esta postura - sugerida pela oposição da América em conceder à Palestina o estatuto de Estado observador nas Nações Unidas - poderia ser considerada como uma admissão, por parte dos EUA, que teriam desistido da criação de dois Estados no Médio Oriente. Isso satisfaria certamente o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e a facção palestiniana que procura enfraquecer a Autoridade Palestiniana. Mas vingaria completamente aqueles que acreditam que Obama é mais um homem de boa vontade do que um visionário. Traduzido do inglês por António Chagas/Project Syndicate
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
A cacofonia do mundo
Na sua obra-prima, Diplomacia, Henry Kissinger descreve, provavelmente de uma forma muito idílica, o sistema internacional de equilíbrio de poder que, depois do Congresso de Viena em 1814-1815, originou o que viria a ser conhecido como o “concerto da Europa”. Tal como Kissinger descreve, após as guerras napoleónicas “não só houve um equilíbrio físico, mas também um equilíbrio moral. O poder e a justiça estavam em grande harmonia”. É claro que o concerto terminou numa cacofonia com o rebentamento da Primeira Guerra Mundial, no Verão de 1914. Hoje, após a brutalidade da primeira metade do século XX, a bipolaridade ... (etc.)

A cacofonia do mundo
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-02-27 | Jornal Público
TEXTO: Na sua obra-prima, Diplomacia, Henry Kissinger descreve, provavelmente de uma forma muito idílica, o sistema internacional de equilíbrio de poder que, depois do Congresso de Viena em 1814-1815, originou o que viria a ser conhecido como o “concerto da Europa”. Tal como Kissinger descreve, após as guerras napoleónicas “não só houve um equilíbrio físico, mas também um equilíbrio moral. O poder e a justiça estavam em grande harmonia”. É claro que o concerto terminou numa cacofonia com o rebentamento da Primeira Guerra Mundial, no Verão de 1914. Hoje, após a brutalidade da primeira metade do século XX, a bipolaridade temporária da Guerra Fria e a breve posição de superpotência dos EUA pós-1989, o mundo está novamente à procura de uma nova ordem internacional. Pode algo como o concerto da Europa ser globalizado?Infelizmente, a cacofonia global parece mais provável de o ser. Uma razão óbvia é a ausência de um julgador reconhecido e aceite internacionalmente. Os Estados Unidos, que melhor personificam o poder máximo, estão com menos vontade – e são menos capazes – de exercer essa função. E a ONU, que melhor personifica os princípios da ordem internacional, nunca esteve tão dividida e tão impotente. Mas, para além da ausência de um julgador, outro problema começa a aparecer: a onda de globalização que se seguiu ao final da Guerra Fria acelerou, paradoxalmente, a fragmentação, afectando da mesma maneira os países democráticos e os não democráticos. Desde o colapso da União Soviética, da violenta autodestruição da Jugoslávia e do divórcio pacífico entre a Checoslováquia e as actuais pressões centrífugas na Europa, que a fragmentação do Ocidente, e dos principais países emergentes, tem sido fundamental para as relações internacionais nas últimas décadas. A revolução da informação criou um mundo mais global, interdependente e transparente do que nunca. Mas isto levou, por sua vez, a uma busca ansiosa e balcanizada de identidade. Este esforço para recuperar a singularidade é em grande parte a causa da crescente fragmentação do sistema internacional. No concerto da Europa, o número de actores era limitado e eram sobretudo Estados, fossem eles nacionais ou imperiais. Valores essenciais eram amplamente partilhados e a maioria dos actores era a favor da protecção da ordem existente. No mundo de hoje, por outro lado, a natureza dos actores envolvidos já não é tão clara. As forças transnacionais, os estados e os actores não-estatais estão todos envolvidos e os seus objectivos são complexos e por vezes contraditórios, sem nenhum compromisso universal para a preservação do status quo. Os EUA podem ter a intenção de criar um pacto de comércio e de investimento transatlântico com a Europa, o que seria um comunicado político para o mundo a dizer que o Ocidente, em letras grandes, constitui o ponto de referência normativo universal. Mas será que tal Ocidente existe? Na nossa era da fragmentação há um Ocidente americano mais poderoso e dinâmico, um Ocidente europeu globalmente mais problemático (ele próprio fragmentado entre um Norte próspero e um Sul atrasado economicamente) e até mesmo um Ocidente britânico e, no Japão, um Ocidente asiático. O conceito BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) pode ter sido uma astuta ferramenta de criação de marca. Mas, para além das elevadas taxas de crescimento dos seus membros, teve algum significado real? De facto, a China está claramente numa categoria própria, como uma fonte de risco perceptível (ou real) para o seu ambiente regional. Se o crescimento dos países BRIC diminuir (como já começou a acontecer), a artificialidade do conceito tornar-se-á extremamente evidente. O que actualmente une as potências emergentes são mais as suas negações das responsabilidades internacionais do que os seus esforços diplomáticos conjuntos. A fragmentação também afecta as sociedades internamente. As profundas divisões partidárias – sejam elas em relação ao papel do governo ou em relação a questões sociais/culturais – estão a conduzir a uma quase paralisia nas sociedades democráticas, como na dos EUA. Nas sociedades não democráticas, elas podem levar à revolução e a lutas de poder violentas. Isto tem acontecido em grande parte do mundo árabe, desde o final de 2010. Até mesmo o próprio poder está mais fragmentado do que nunca. Na verdade, Moises Naim anuncia a sua extinção no seu último livro, The End of Power:From Boardrooms to Battlefields and Churches to States, Why Being in Charge Isn’t What It Used To Be. Embora a conclusão de Naim possa ser prematura, ele está certo numa coisa: “O poder já não compra tanto como comprava no passado”. É “mais fácil de se obter e mais difícil de se utilizar – e mais fácil de se perder”. Alguns analistas defendem, de forma tranquilizadora, que a aproximação entre a Ásia e o Ocidente é possível, dada a simbiose entre a democracia ocidental e o confucianismo autoritário. É este o argumento de Kishore Mahbubani no seu livroThe Great Convergence. Mas a harmonia que provem do encontro entre culturas e sistemas diferentes está longe de existir – e não existirá enquanto o Estado de direito não se consolidar no mundo emergente e enquanto uma cultura de modéstia não progredir nos diversos Ocidentes. A cacofonia do mundo substituiu o concerto da Europa. E isto pode muito bem acontecer no futuro previsível. Dominique Moisi, professor no L'Institut d'Études Politiques de Paris (Sciences Po), é consultor sénior no IFRI (Instituto francês de Relações Internacionais). Actualmente é professor externo no King's College LondonTradução: Deolinda Esteves/Project Syndicate
REFERÊNCIAS:
Partidos BE