Iglesias, "por qué no te calas"?
Se os partidos que desafiam o centro na Europa chegassem todos ao poder teríamos o fim da União Europeia e da ordem económica mundial. (...)

Iglesias, "por qué no te calas"?
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-02-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Se os partidos que desafiam o centro na Europa chegassem todos ao poder teríamos o fim da União Europeia e da ordem económica mundial.
TEXTO: Este fim-de-semana o extremismo, mais uma vez, teve honras de protagonismo em Espanha, com a vitória incontestada de Iglesias no congresso do Podemos. O Podemos que nasceu como uma extensão do chavismo em Espanha. Aliás, Chávez injetou mais de sete milhões de euros na fundação que daria origem ao partido. Isto porque o modo sisudo seria potenciar mudanças no paradigma político espanhol mais alinhadas com o regime bolivariano. Sobre Iglesias, a suspeita de que foi financiado pelo Irão, enquanto comentador político de um canal de TV afeto ao regime, também contribui para a aura nebulosa que envolve o aparecimento deste partido. O socialismo revisado e as teorias políticas de Gramsci, altamente sedutoras aos jovens espanhóis universitários de esquerda, têm sido usados habilmente por Iglesias nos seus discursos populistas. O perigo é que na Europa, o centro, cada vez mais, é derrotado pelos extremos antes de estes acabarem por ceder às correntes principais e de integrarem o establishment. O centro-direita e o centro-esquerda gregos foram demolidos por tendências, antes marginais, de ambos os lados do espetro. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Em Portugal temos atualmente uma solução governativa apoiada nas esquerdas radicais. E França tem um forte candidato presidencial de extrema-esquerda, Jean-Luc Mélenchon, a defender a saída da NATO e a aproximação ao regime político chinês. Aliás, os extremos quando sonham com alternativas à falência do centro político conduzem sempre a resultados dramáticos. Se os partidos que desafiam o centro na Europa chegassem todos ao poder teríamos o fim da União Europeia e da ordem económica mundial. Os governos tomariam sozinhos as decisões, acabaria a cooperação entre Estados e haveria regressão civilizacional. Por tudo isto impõe-se dizer, agora, a Iglesias o que D. Juan Carlos disse a Chávez: “Por qué no te calas?”.
REFERÊNCIAS:
Entidades NATO
Equador decide se continua "revolução" de Correa
Pela primeira vez numa década, o nome do carismático Presidente não vai estar no boletim de votos. Eleições decorrem num momento de quebra de popularidade do actual líder. (...)

Equador decide se continua "revolução" de Correa
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-02-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Pela primeira vez numa década, o nome do carismático Presidente não vai estar no boletim de votos. Eleições decorrem num momento de quebra de popularidade do actual líder.
TEXTO: Cheira a fim de era no Equador. Nos últimos dez anos, o Presidente Rafael Correa pôs em prática aquilo que definiu como “revolução cidadã”. Este domingo, os equatorianos elegem um novo chefe de Estado e, inevitavelmente, vão fazer um balanço da governação da década que transformou o país. Longe vão os tempos em que o Presidente equatoriano era o líder com a mais elevada taxa de aprovação na América Latina. Correa sai de cena – pelo menos para já – com a sua popularidade em queda, fruto de uma combinação que junta o arrefecimento económico do último ano, os confrontos com a comunidade indígena e o desgaste provocado por uma presidência que os críticos dizem ter sido pouco dialogante. De acordo com uma sondagem das empresas Cedatos e Gallup publicada em Dezembro, apenas 35% dos eleitores apoiavam Correa. A recessão do ano passado, recuo de 2, 3% do PIB, pôs um travão à política expansionista que Correa privilegiou desde que chegou ao poder em 2007, responsável por tirar milhões de pessoas da pobreza e ter reduzido a taxa de desemprego para valores mínimos – está hoje nos 5%. Porém, os rendimentos continuam a ser muito baixos. Quase 20% dos trabalhadores ganham menos de 350 euros por mês, escreve o El País, algo que põe em causa a filosofia do “bem viver” defendida por Correa e transformada em política de Estado. O “bem viver” é alicerçado num conjunto de políticas públicas que colocam o bem-estar individual à frente de outros objectivos como a “opulência” ou “o crescimento económico infinito”, de acordo com o Governo. Foram anos de grandes investimentos públicos e de reforço das prestações sociais, mas a queda do preço do petróleo dos últimos dois anos – que representa metade das exportações – colidiu com os projectos do Governo. Neste contexto, parece certo que o próximo governante terá uma conjuntura consideravelmente diferente da que Correa encontrou. “O Governo não vai poder continuar a aplicar a mesma estratégia. A realidade económica mudou e a resposta política é anacrónica”, diz ao El País o economista Acosta Burneo. Outro dos focos de fragilidade do actual Governo vem, ironicamente, de um dos sectores que mais força eleitoral lhe dava – a comunidade indígena. As relações entre Correa e os índios da província de Morona Santiago atingiram um ponto de não retorno depois de, em Novembro, ter sido enviado o Exército para a região para expulsar um grupo de nativos da etnia shuar que tinha ocupado instalações mineiras. Os indígenas opõem-se à concessão dos direitos de exploração de uma mina a uma empresa chinesa e prometem agora estender o seu protesto à mesa de voto. Há ainda o fantasma da corrupção, o tema que dominou a campanha eleitoral, de acordo com os analistas. A divulgação dos Panama Papers atingiu vários responsáveis políticos equatorianos, incluindo um ex-governador do banco central e o procurador-geral. Mas o grande impacto tem vindo do caso que envolve a Petroecuador – a petrolífera estatal. Mais de 20 pessoas são acusadas de vários crimes, incluindo o antigo presidente da empresa e um ex-ministro, que fugiu do país. Mais recentemente, também a investigação que envolve a construtora brasileira Odebrecht trouxe a público ligações ao Governo de Correa. A personalidade carismática de Correa pairou sobre a campanha eleitoral. E, ironicamente, isso pode ter prejudicado o candidato que lhe é mais próximo. Lenin Moreno é um ex-vice-presidente que tem procurado um difícil equilíbrio: apresentar-se como um candidato com um peso próprio e diferente do actual Presidente, ao mesmo tempo que reclama a sua herança de justiça social. “A sua mensagem não foi clara”, diz à AFP o analista Franklin Ramírez. “Ao início apresentou-se como ‘descorreizador’, como se estivesse de mão estendida, mas nas últimas semanas foi-se reaproximando do relato ‘correísta’”, explica. Ainda assim, Moreno aparece como o mais bem colocado para suceder a Correa, com as sondagens a darem-lhe cerca de 30% dos votos. A confirmar-se este número, a decisão teria de ser sujeita a uma segunda volta, uma vez que é necessário que o candidato mais votado tenha no mínimo 40% e uma diferença de dez pontos em relação ao segundo para que seja eleito já este domingo. A direita não conseguiu aproveitar a janela de oportunidade que a mudança de ciclo proporcionou ao não ter apresentado uma lista conjunta de alternativa ao oficialismo. São três as candidaturas que se apresentam à direita, com destaque para o antigo banqueiro e ex-candidato presidencial Guillermo Lasso, que promete expulsar o fundador da WikiLeaks, Julian Assange, da embaixada equatoriana em Londres, onde reside desde 2012. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Há ainda Cynthia Viteri, do Partido Social Cristão, e o ex-futebolista e filho de um antigo presidente, Dalo Bucaram, que com Lasso disputam uma primeira volta que também serve como “uma espécie de primárias da direita”, observa Ramírez. O que parece ser certo é que, independentemente do desfecho das eleições, o Equador vai entrar numa nova etapa política, diferente do “hiperpresidencialismo” atribuído a Correa. “Qualquer governo que venha, incluindo de Lenin Moreno, será muito frágil, porque a composição da Assembleia vai ser mais fragmentada, com maior representação de outras forças políticas, mais difícil de manejar e de fazer alianças”, diz à AFP o professor da Faculdade Americana de Ciências Sociais Simón Pachano. Mas, mais do que uma nova forma de fazer política, os equatorianos decidem se a “revolução cidadã” de Correa vai passar para uma nova fase ou vai ser travada, à semelhança do que tem acontecido noutros países da América Latina, onde líderes socialistas têm sido substituídos por presidentes à direita, como no Brasil e na Argentina.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos filho comunidade social espécie pobreza desemprego
Vendas da Remax aumentam 20% até junho
No 1º semestre deste ano a venda de imóveis da Remax cresceu 20%, face ao mesmo período do ano passado, seguindo à frente do arrendamento. (...)

Vendas da Remax aumentam 20% até junho
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-08-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: No 1º semestre deste ano a venda de imóveis da Remax cresceu 20%, face ao mesmo período do ano passado, seguindo à frente do arrendamento.
TEXTO: Mantendo a tendência dos últimos anos, as tipologias mais procuradas foram os T2, T3 e T1, com 37%, 31% e 16%, respetivamente, da procura. 22% das vendas foram feitas no concelho de Lisboa, o que concentrou mais vendas, seguido da área metropolitana e do Porto. Neste período, os arrendamentos desceram 16%, enquanto que as vendas subiram 2%, com os imóveis da banca a corresponderem a 6% das transacções registadas neste semestre. No mesmo período, 49% dos imóveis de luxo angariados pela Remax, com valor superior a 500. 000 euros, foram vendidos a portugueses, que continuam a dominar as vendas deste tipo de imóveis na rede Remax. Seguem-se os chineses, brasileiros, ingleses, suecos e franceses, algumas das nacionalidades mais dominantes no negócio da imobiliária. Este tipo de imóveis correspondeu a 1% das transações e a 3% do volume de negócios. Beatriz Rubio, CEO da Remax Portugal, acredita que «os resultados mostram que continuamos a conseguir superar-nos. Diariamente tentamos fazer melhor do que no dia anterior e proporcionar aos agentes e aos diretores de agências novas ferramentas que lhes permitam também fazer melhor». Completa que «dia após dia, os nossos agentes e donos das lojas respondem de forma positiva. Trabalhamos em conjunto em prol de um objetivo comum: fazer todos os dias um pouco melhor do que no anterior».
REFERÊNCIAS:
Cidades Lisboa Porto
Turismo residencial com forte dinâmica no mercado interno
Aceleração da procura gera escassez de produto disponível. Novos projetos podem incluir joint-ventures entre promotores nacionais e internacionais (...)

Turismo residencial com forte dinâmica no mercado interno
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.216
DATA: 2015-08-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Aceleração da procura gera escassez de produto disponível. Novos projetos podem incluir joint-ventures entre promotores nacionais e internacionais
TEXTO: Marc BarrosA procura turística nacional está no epicentro da dinâmica em torno do segmento do turismo residencial. Diversos operadores confirmam que, para além dos chamados vistos gold e do regime fiscal para o residente não habitual, “a aceleração da procura turística tradicional, em Lisboa, Porto e Algarve”, contribui para “colocar Portugal no radar de investidores – institucionais, promotores e de produto final – gerando uma dinâmica de procura que não existia desde 2007/2008”, considera Eduardo Abreu, da Neoturis. “Estamos num momento de clara aceleração da procura; não aos níveis pré-crise, mas quando comparado com o período entre 2009 e 2013”, disse. Também nas previsões do operador Pestana Troia Eco-Resort, “o mercado nacional”, até aqui “o mais importante” para o projeto, deverá ganhar “um fôlego ainda maior com a estabilização do cenário macroeconómico”. Por seu turno, Mário Azevedo Ferreira, CEO do grupo NAU Hotels & Resorts, estima que “o regime de residentes não habituais é, sem dúvida, um fator importante nas vendas e em crescimento” mas, no entanto, “não é por si só fator suficiente. É necessário que seja conjugado com um produto de qualidade e com uma oferta de serviços que dê resposta às necessidades destes clientes”, afirma. Alentejo com mais procuraNa captação dos mercados externos, “deve ser alavancada a presença de um número cada vez maior de turistas em Portugal para dar a conhecer a oferta de turismo residencial, num período em que alguns dos nossos concorrentes – como o Egipto, a Tunísia, Grécia ou Marrocos – apresentam algumas debilidades ao nível da estabilidade política, social e económica, com consequente insegurança ao nível do investimento”, disse Eduardo Abreu. Segundo dados da APR, foram vendidas 25 mil unidades em 2014, esperando-se vendas em 2015 iguais ou superiores ao ano transato. As localizações estrela “ainda são o Algarve e Lisboa - entendida em sentido lato como o eixo Lisboa/Cascais”, elencou Eduardo Abreu. O mercado inglês representa 65% da quota de segunda habitação para estrangeiros no Algarve, seguida dos alemães (10%), franceses (“em crescendo”) e russos, “quando a sua situação económica melhorar”, estima a APR. Não obstante, “o litoral do Alentejo tem vindo a registar um nível interessante de procura, cada vez mais internacional”, referiu Eduardo Abreu; “quanto ao Douro, a escassez de oferta não permite constituir desde já um mercado, mas apenas algumas operações esporádicas de quintas ou unidades fragmentadas na região sem estarem integradas em resorts”, disse. Na Costa Alentejana, são franceses e chineses quem domina a procura. Em Lisboa, esta é formada sobretudo por “chineses, franceses e brasileiros”, adiantou a APR. Parcerias geram ofertaA escassez de produto disponível neste segmento tem sido levantada por diversos operadores. Na perspetiva de Eduardo Abreu, “uma das consequências da crise é a maior prudência por parte dos investidores finais na aquisição de segundas casas”. Esta prudência, prossegue, “reflete-se na procura de produto acabado a promotores e em regiões com track-record, fato que faz com que em algumas zonas do Algarve e Lisboa possamos começar a falar em escassez de produto”. No entanto, “também se observam movimentações, por parte de promotores nacionais e internacionais, para rapidamente colocarem no mercado oferta que esteve parada durante os últimos anos”. Assim, para Eduardo Abreu, “o Oeste será também uma região onde o produto acabado existe ou pode vir a existir no curto prazo”. Nesse sentido, dada a evolução da procura, a capacidade dos promotores nacionais para avançarem com novos projetos “está muito condicionada pela dificuldade de acesso a financiamento e por históricos de projetos demasiado alavancados que não conseguem atualmente captar recursos para a conclusão”, afirma o responsável da Neoturis. Também segundo a APR, “2015e 2016 serão anos de forte investimento em nova obra”. Porém, “falta capacidade financeira à grande maioria dos promotores para poderem construir e promoverem no exterior estes seus novos produtos”. Assim, concluiu Eduardo Abreu, a resposta do mercado no curto prazo pode passar por “joint-ventures entre promotores nacionais e internacionais”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave social
China ajudou Apple a vender 13 milhões de iPhones no lançamento
Modelos 6S e 6S Plus chegam a Portugal a 9 de Outubro. (...)

China ajudou Apple a vender 13 milhões de iPhones no lançamento
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-10-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Modelos 6S e 6S Plus chegam a Portugal a 9 de Outubro.
TEXTO: A Apple anunciou ter vendido 13 milhões de iPhones durante os primeiros três dias de vendas. São mais três milhões do que no ano passado. Este ano, porém, a China fez pela primeira vez parte dos mercados de lançamento. A empresa, como habitual, não deu dados detalhados sobre as vendas, não sendo possível perceber o peso do mercado chinês no arranque das vendas. Ao longo do trimestre passado, as vendas na China (incluindo Taiwan) representaram 27% do total. Para além daquele país, a estreia fez-se também nos EUA, Canadá, França, Alemanha, Japão, Austrália, Singapura e em alguns outros mercados de menor dimensão. A Apple anunciou também que os dois novos modelos chegam a Portugal a 9 de Outubro, ao mesmo tempo que vão estrear-se em países como Itália, México, Rússia e Espanha. A Meo já anunciou que vai começar a aceitar pré-encomendas a partir do dia 2. Para além das típicas actualizações ao nível das especificações técnicas, os novos modelos têm um ecrã sensível à pressão, dando aos utilizadores a possibilidade de o premirem com mais força para realizarem diferentes tipos de tarefa.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
China vai ter sistema nacional de comércio de emissões em 2017
Barack Obama e Xi Jinping reforçam cooperação contra o aquecimento global e aumentam o seu protagonismo na diplomacia climática mundial (...)

China vai ter sistema nacional de comércio de emissões em 2017
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-10-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Barack Obama e Xi Jinping reforçam cooperação contra o aquecimento global e aumentam o seu protagonismo na diplomacia climática mundial
TEXTO: A China vai lançar em 2017 um sistema nacional de comércio de emissões de CO2, impondo limites de poluição às centrais térmicas, cimenteiras, siderúrgicas e outras indústrias. A medida foi anunciada esta sexta-feira, em Washington, durante a visita do Presidente chinês Xi Jinping aos Estados Unidos, dominada ainda por outros assuntos mais polémicos. A China também vai disponibilizar cerca de 3100 milhões de dólares (2800 milhões de euros) de ajuda aos países mais pobres para enfrentarem os desafios das alterações climáticas. O valor é ligeiramente superior aos três mil milhões de dólares que os Estados Unidos prometeram, no ano passado, injectar no Fundo Verde Climático, criado pela ONU para apoiar os países mais vulneráveis ao aquecimento global. Somadas a outras intenções já anunciadas antes, as duas medidas aumentam o peso da China como protagonista na diplomacia internacional climática, ao lado dos Estados Unidos. Ambos respondem por 44% das emissões globais de gases com efeito de estufa, com a China na primeira posição. Dez meses depois de assinarem um acordo para unirem esforços na luta contra as alterações climáticas, Xi Jinping e Barack Obama voltaram a falar do aquecimento global, lado a lado numa conferência de imprensa. “Gostaria de congratular a China pelo anúncio de que irá lançar um sistema de controlo e comércio para controlar as emissões de alguns dos seus maiores sectores”, disse Obama. Já desde o ano passado que Pequim já falava da intenção de criar um sistema nacional de comércio de emissões, na sequência de sete experiências-piloto em curso desde 2012 nalgumas regiões do país. Num mercado de carbono, tal como o que já existe na União Europeia, são fixados valores máximos de poluição para cada unidade ou sector industrial. As empresas têm de ter licenças de emissões equivalentes ao que sai efectivamente das suas chaminés. Se poluírem em excesso, têm de comprar licenças no mercado, oriundas de quem está na situação inversa. Um sistema nacional de comércio de emissões será apenas uma das medidas com que a China pretende controlar os gases com efeito de estufa que saem das suas chaminés e automóveis. As emissões vão continuar a crescer nos próximos anos. Mas a intenção de Pequim é que atinjam um pico antes de 2030 e comecem a diminuir a partir daí. Num plano apresentado à ONU em Junho, a China prometeu diminuir em 60 a 65% as suas emissões de CO2 por unidade de PIB até 2030, em relação a 2005. Até àquela data, o país quer ter 20% de energia não dependente do petróleo, carvão ou gás. O plano inclui ampliar substancialmente as florestas, construir mais barragens, apostar na energia nuclear, duplicar até 2020 os parques eólicos e quadruplicar os painéis solares. Depois de anos em campos opostos, Estados Unidos e China estão agora de mãos dadas no combate às alterações climáticas. Em Novembro do ano passado, os presidentes Obama e Xi Jinping já tinham assinado uma declaração conjunta, prometendo reduzir emissões e trabalhar juntos para ajudar a travar o aquecimento global. O novo anúncio, agora, reforça a possibilidade de ambos os países assumirem a liderança das negociações para a adopção de um novo tratado climático internacional, numa cimeira das Nações Unidas em Paris, no final do ano. “Quando as duas maiores economias mundiais, maiores consumidoras de energia e maiores emissoras de carbono, se juntam dessa forma, então não há razão para que outros países, desenvolvidos ou em desenvolvimento, não o façam”, referiu Barack Obama. A situação actual é diametralmente oposta à de há poucos anos. A China recusava-se antes a aceitar compromissos para limitar as suas emissões, liderando o coro dos países em desenvolvimento que exigia ao mundo industrializado que desse o primeiro passo. Os EUA, por sua vez, rejeitavam qualquer solução que não envolvesse as grandes economias emergentes, em particular a China, agora o seu principal rival económico. O fosso parece ter sido superado com a nova abordagem para as negociações climáticas, na qual a ONU pediu a todos os países que primeiro dissessem o que podem fazer para ajudar a controlar o aquecimento global. Com isso, o acordo de Paris estará antes baseado na soma de todos os compromissos nacionais, e não em imposições rígidas a todos os países, vindas de cima. Até agora, 70 países – entre eles os 28 da União Europeia – apresentaram as suas intenções à ONU. Junto, representam 64% das emissões globais de gases com efeito de estufa.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU EUA
Os momentos mais importantes do banco que nasceu do colapso do BES
A cronologia do Novo Banco: o BES bom, os lesados, a recondução de Costa e o processo de venda, ainda por concluir. (...)

Os momentos mais importantes do banco que nasceu do colapso do BES
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.45
DATA: 2015-10-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: A cronologia do Novo Banco: o BES bom, os lesados, a recondução de Costa e o processo de venda, ainda por concluir.
TEXTO: No dia em que o Banco de Portugal informou sobre uma nova fase da venda do Novo Banco, recapitulamos os momentos mais importantes desde a noite em que Carlos Costa apareceu nas televisões na noite de 3 de Agosto de 2014 a anunciar o fim do BES, depois de o banco apresentar um prejuízo histórico de 3600 milhões de euros. 20143 de AgostoA um domingo, ao final da noite, é anunciada a intervenção pública no BES, que é dividido em dois. No “velho” BES ficam os activos problemáticos, que implicam perdas para os accionistas e os detentores de obrigações subordinadas. Nasce o Novo Banco, que fica com todos os outros activos e recebe uma injecção de 4900 milhões de euros. O capital do Novo Banco é detido pelo Fundo de Resolução e fica na esfera do Banco de Portugal (BdP) e do Ministério das Finanças. Na hora de anunciar a medida de resolução, é o governador do banco central, Carlos Costa, quem dá a cara pela intervenção pública, garantindo que a decisão “não terá qualquer custo para o erário público, nem para os contribuintes”. 7 de AgostoVítor Bento, que assumira a liderada do BES três semanas antes da intervenção do BdP, dá uma entrevista à SIC onde defende que é preciso tempo para arrumar a casa. “Tenho o desafio de tornar [o Novo Banco] rentável, que é um desafio que vai levar o seu tempo”, afirma. 20 de AgostoVítor Bento, que por poucas semanas se manterá à frente do banco, anuncia o arranque da campanha de mudança de imagem dos balcões do banco. Objectivo: em dois meses acabar com o logótipo associado ao BES nas fachadas e na decoração das sucursais do banco. Aos poucos, a imagem do BES é substituída pela combinação de verde-claro e cinzento da nova imagem. 26 de AgostoCarlos Costa recebe Vítor Bento. O governador pede que o CEO prepare um plano de sustentabilidade do banco e capaz de atrair investidores. A administração de Vítor Bento diz que há ““indícios de recuperação da confiança” no banco. 13 de SetembroVítor Bento demite-se de presidente do Novo Banco. Com ele saem José Honório (ex-presidente da Portucel) e João Moreira Rato (ex-presidente do IGCP, a agência responsável pela gestão de tesouraria e dívida pública). As divergências com Carlos Costa e com o Governo sobre estratégia do banco precipitaram a saída do economista. Bento apostava numa estratégia de médio prazo (a lei da resolução bancária prevê dois anos para a venda, prorrogáveis por mais um). 14 de SetembroEduardo Stock da Cunha, director de auditoria do grupo Lloyds em Londres, é chamado a substituir Vítor Bento como CEO. O Banco de Portugal deixa claro que defende a conclusão do dossier do Novo Banco num “prazo tão curto quanto razoavelmente exequível”. 17 de NovembroArrancam as audições da comissão de inquérito ao caso BES/GES no Parlamento. O governador do Banco de Portugal, ouvido durante cerca de sete horas, garante que no final do processo eventuais perdas com a venda serão “suportadas pelo sistema bancário”. 4 de DezembroO Fundo de Resolução abre o prazo, até ao último dia do ano, para potenciais compradores manifestarem interesse na compra do Novo Banco. 31 de DezembroO Banco de Portugal recebe 17 manifestações de interesse. Na altura, o supervisor não divulgou quem estava na corrida. Mas o BPI, o Santander, o Banco Popular, a Fosun e a Apollo já apareciam publicamente a admitir estudar o dossier. 201516 de FevereiroDuas das 17 demonstrações de interesses saem da corrida, por não cumprirem os requisitos de pré-qualificação. Os candidatos têm de apresentar propostas, ainda não-vinculativas, até 20 de Março. 20 de MarçoNove entidades confirmaram o interesse no Novo Banco. Sete apresentaram propostas não vinculativas. 24 de MarçoCarlos Costa volta a ser ouvido na comissão de inquérito, onde considera que o “processo de venda está a decorrer favoravelmente”. A nova estrutura accionista, adianta, “será conhecida no Verão de 2015”. 26 de Março de 2015O INE revela a previsão do valor do défice de 2014, de 4, 5% do PIB. O número é provisório, porque “não existe informação suficiente” para o registo definitivo da capitalização do Novo Banco, que fica dependente do resultado da venda (para as contas das administrações públicas, o Novo Banco é considerado uma empresa pública). 17 de AbrilDas sete propostas não vinculativas, o Banco de Portugal seleccionou cinco. A esta fase chegaram os chineses da Anbang, da Fosun (dona da Fidelidade), os espanhóis do banco Santander e os norte-americanos da Apollo Global Management e da Cerberus. A partir daqui arranca a terceira fase do processo de venda, em que os candidatos têm de apresentar propostas vinculativas.
REFERÊNCIAS:
Comprador do Novo Banco poderá vir a ser informado sobre papel comercial
Tribunal aceita providência cautelar interposta por lesados do BES para que BdP informe comprador sobre este passivo. (...)

Comprador do Novo Banco poderá vir a ser informado sobre papel comercial
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-10-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Tribunal aceita providência cautelar interposta por lesados do BES para que BdP informe comprador sobre este passivo.
TEXTO: O Tribunal Administrativo de Lisboa admitiu uma providência cautelar interposta pelos lesados do BES para que o Banco de Portugal seja obrigado a informar o comprador do Novo Banco do "passivo de papel comercial devido" aos subscritores. A providência cautelar foi interposta por mais de 400 membros da Associação dos Lesados, Indignados e Enganados do Papel Comercial do BES e foi aceite esta sexta-feira pelo Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, disse à agência Lusa o advogado que as representa, Nuno Vieira. Na providência cautelar, os lesados exigem que o Banco de Portugal informe o comprador do Novo Banco do montante de papel comercial devido aos cerca de 2. 500 subscritores, que ronda os 530 milhões de euros, ou seja, que inclua esse montante como "uma imparidade" nas contas da instituição financeira. O Banco de Portugal, o Fundo de Resolução, o BES e o Novo Banco têm agora 10 dias para apresentar uma contestação à acção cautelar, mas o processo de venda não fica suspenso. O processo seguirá então os trâmites normais: da inquirição das testemunhas (que são cinco, entre elas Ricardo Salgado, ex-presidente do BES, e Eduardo Stock da Cunha, presidente do Novo Banco) até à produção da sentença definitiva do tribunal. Segundo disse Nuno Vieira, caso o tribunal venha a dar razão aos lesados do papel comercial, o Banco de Portugal pode ter de vir a indemnizar estes clientes. Para o advogado da associação, a admissão desta acção cautelar pelo tribunal "demonstra a legitimidade dos requerentes" e que os fundamentos "são regulares", o que para os lesados é uma "pequena primeira vitória". O presidente do Novo Banco, Eduardo Stock da Cunha, recusou em Março que a instituição financeira tenha qualquer responsabilidade sobre o papel comercial vendido aos balcões do BES. O Banco de Portugal recusou há cerca de três semanas a proposta da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) para a resolução do problema, considerando que a troca desses títulos por dívida subordinada do Novo Banco "não se afigura viável". O prazo final para a entrega das propostas vinculativas finais de compra do Novo Banco terminou esta sexta-feira às 17:00, tratando-se da última oportunidade para os grupos chineses Anbang e Fosun e a norte-americana Apollo melhorarem as suas ofertas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave tribunal
Morreu o realizador japonês Seijun Suzuki
Especialista do thriller nipónico marcou cineastas como Jim Jarmush, Quentin Tarantino, Wong Kar-Wai ou Takeshi Kitano. (...)

Morreu o realizador japonês Seijun Suzuki
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-02-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Especialista do thriller nipónico marcou cineastas como Jim Jarmush, Quentin Tarantino, Wong Kar-Wai ou Takeshi Kitano.
TEXTO: O realizador japonês Seijun Suzuki (1923-2017), que marcou nomes do cinema norte-americano como Quentin Tarantino e Jim Jarmusch, morreu no dia 13 de Fevereiro, aos 93 anos, vítima de uma doença pulmonar, anunciou esta quarta-feira o seu antigo estúdio. Num comunicado divulgado pela conta de Facebook do estúdio Nikkatsu, este lembrou que Suzuki se estreou no cinema com o filme Harbor Toast: Victory Is In Our Grasp, em 1956, data a partir da qual “continuou a influenciar os fãs e os cineastas por todo o mundo, com filmes como Tokyo Drifter [1966], Branded to Kill [1967] ou Zigeunerweisn [1980]”. O estúdio nipónico expressou as suas “mais sinceras condolências e profunda gratidão e respeito pelo trabalho de uma vida”. Isto não impediu que esta produtora – onde Suzuki dirigiu uma dúzia de longas-metragens de Série B ao longo de pouco mais de uma década – o tivesse despedido em 1968, tendo então considerado “demasiado difícil” trabalhar com ele. A situação ocorreu a seguir à produção de Branded to Kill, um filme de yakuzas que junta “uma montagem experimental, comédia imprevisível e um estilo de fluxo de consciência a algo que devia ter sido um filme de gangsters directo ao assunto”, nota o comunicado do Nikkatsu. O processo chegou mesmo ao tribunal, e Suzuki ficou inactivo durante cerca de uma década. “O melhor que alguma vez lhe aconteceu foi ser despedido", escrevia o The Guardian em 2015, a propósito do lançamento de um livro sobre o realizador e de uma retrospectiva em Nova Iorque, que colocava a questão de saber se os públicos ocidentais estariam finalmente “preparados” para receber o cinema de Seijun Suzuki. Em 1977, o cineasta regressou ao trabalho com A Tale of Sorrow and Sadness, mas seria com Zigeunerweisn (1980) que verdadeiramente voltaria a reocupar o seu lugar na galeria dos cineastas que deixaram rasto – o filme recebeu uma menção honrosa no Festival de Berlim. Duas décadas depois, foi a França a reconhecer a importância de Suzuki, no âmbito de uma retrospectiva dedicada ao cinema japonês – a revista Cahiers du Cinéma destacava, em 1997, o seu “gosto imoderado pela provocação”. Esta marca que atravessa os seus thrillers não foi certamente estranha ao culto que dele viriam a fazer figuras como os realizadores americanos já citados, Jarmush e Tarantino, mas também o chinês Wong Kar-Wai, ou o seu compatriota Takeshi Kitano. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O seu último filme, Princess Racoon, uma fantasia surpreendente em registo de opereta, foi exibido, fora de competição, no Festival de Cannes de 2005. Já mais recentemente – diz o jornal Le Monde –, Damien Chazelle, em passagem por Tóquio numa viagem de promoção da sua comédia musical La La Land, o principal favorito aos Óscares do próximo domingo, confessava ter-se “inspirado um pouco” em O Vagabundo de Tóquio, um filme de yakuzas que Suzuki realizou na década de 60. “O meu filme é uma espécie de homenagem escondida [a Suzuki]. Os seus planos largos e as suas cores tão pop art evocam uma comédia musical, com revólveres”, acrescentou o realizador. Questionado em tempos por um jornalista sobre se queria trabalhar até ao fim, Seijun Suzuki respondeu, citado pela Variety: “É melhor morrer como uma pessoa comum; morrer a trabalhar só traz problemas a quem está à nossa volta”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave tribunal doença espécie chinês japonês
2,1% de défice? Que governo espectacular!
A bolha da inconsciência está outra vez em alta, para grande estupefacção daqueles que, como eu, vêem tudo novamente a repetir-se, perante a felicidade geral. (...)

2,1% de défice? Que governo espectacular!
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.75
DATA: 2017-02-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: A bolha da inconsciência está outra vez em alta, para grande estupefacção daqueles que, como eu, vêem tudo novamente a repetir-se, perante a felicidade geral.
TEXTO: Alcançámos o défice mais baixo da História da democracia portuguesa (incrível). O desemprego continua a diminuir de mês para mês (espantoso). A economia cresceu 1, 9% no último trimestre de 2016, a maior subida trimestral em três anos (magnífico). A confiança dos consumidores é a mais alta de sempre (estupendo). O crédito à habitação subiu 44% só em 2016, atingindo o valor mais elevado desde os anos pré-crise (maravilhoso). O consumo privado aumentou (formidável). E tudo isto graças à acção de um governo socialista apoiado pelo Bloco de Esquerda e pelo Partido Comunista Português, que devolveu rendimentos, repôs feriados e mostrou que afinal havia alternativa à austeridade (sensacional). Como é possível não reconhecer o quanto este país ficou a ganhar com a troca de Passos Coelho por António Costa?Aquilo que eu acabei de escrever é aquilo que os meus simpáticos leitores de esquerda gostam de ouvir. Aliás, não gostam apenas de ouvir – eles estão convencidos de que só pessoas mal-intencionadas ou ideologicamente obcecadas (como eu) são incapazes de admitir as espectaculares melhorias na situação económica portuguesa. E estão convencidos de mais coisas, em particular esta: O TINA (There Is No Alternative) era só mesmo uma balela destinada a impor a agenda “neoliberal”. António Costa é tão, mas tão assombroso, que a solução da geringonça anda a ser estudada por toda a galáxia, e até a Associated Press (uma agência estrangeira, imaginem) espalha pelo mundo a boa nova: “Portugal’s government has proved its critics wrong”. Se a AP afirmou que provou, é porque está provado. Quando leio estas coisas, de forma tão insistente e empenhada, hesito entre voltar a fazer a figura do chato da festa ou simplesmente encolher os ombros, e deixar metade do povo português voltar a curtir a alienação dos seus problemas, um dos pratos favoritos da dieta mediterrânica. Na economia fala-se muito em bolhas. A bolha imobiliária. A bolha tecnológica. A bolha financeira. A bolha chinesa. A bolha de 1929. Eu proponho que os economistas e psicólogos portugueses começam a teorizar sobre uma outra bolha, que atinge os portugueses há séculos com a regularidade de um relógio suíço: a bolha da inconsciência. A bolha da inconsciência está outra vez em alta, para grande estupefacção daqueles que, como eu, vêem tudo novamente a repetir-se, perante a felicidade geral. Sim, o governo teve o mérito de se mostrar empenhado na redução do défice, e de confiar tão pouco na sua receita para o crescimento que a conjugação da travagem a fundo no investimento e do perdão fiscal acabou por produzir um défice que foi muito para além da troika. Nada que perturbe a esquerda, rendida que está às maravilhas da realpolitik e de uma frase tonta de Passos Coelho que tem sido a sua tábua de salvação – cada dia sem o diabo é um dia no céu. Mas o céu não mora aqui. O crescimento diminuiu. A dívida aumentou (muito). Estamos totalmente dependentes do programa de compra de dívida do BCE. O rating do país é lixo. O aumento da confiança dos consumidores está a desequilibrar a balança externa. Voltámos a endividar-nos para consumir. As imparidades dos bancos são astronómicas. E os juros da dívida a dez anos aproximam-se dos níveis de 2010. No entanto, o povo por aí anda, cantando e rindo, acompanhado de um coro de leitores, colunistas e políticos que acham que Portugal é um oásis. Não há nada a fazer. A bolha da inconsciência é sempre a última a rebentar.
REFERÊNCIAS: