Caso Maddie: Polícia inglesa quer vir a Portugal fazer escavações
Desaparecimento aconteceu há sete anos no Algarve. Polícia inglesa abriu entretanto uma investigação paralela ao caso e enviou uma carta rogatória recente à PGR com pedido para realizar mais diligências que não foi ainda deferido. (...)

Caso Maddie: Polícia inglesa quer vir a Portugal fazer escavações
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Desaparecimento aconteceu há sete anos no Algarve. Polícia inglesa abriu entretanto uma investigação paralela ao caso e enviou uma carta rogatória recente à PGR com pedido para realizar mais diligências que não foi ainda deferido.
TEXTO: As autoridades policiais inglesas preparam-se para vir a Portugal para iniciar uma nova fase da investigação do desaparecimento de Madeleine McCann, que aconteceu no Algarve há sete anos. A polícia quer agora fazer escavações no aldeamento onde a família inglesa estava hospedada e também em algumas zonas próximas. Uma equipa forense, adianta o jornal britânico Guardian, quer vir ao país para utilizar um equipamento que funciona com base num radar e permite recolher informações no solo. O plano dos trabalhos é descrito num relatório policial, mas as autoridades não quiseram comentar as informações, justificando que, desde que começou a operação liderada pela polícia britânica, não querem alimentar especulações. A operação Grange começou em Maio de 2011 e desde Julho que foi aberta formalmente uma investigação. Apesar da vontade dos investigadores ingleses, as diligências em causa têm de ser autorizadas pelas autoridades portuguesas. Fonte da PJ garantiu ao PÚBLICO que a Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu recentemente uma carta rogatória na qual as autoridades britânicas requerem várias diligências que ainda não foram autorizadas. A PJ não confirmou se as diligências requeridas incluem escavações. Aliás, a mesma fonte adiantou que algumas das diligências, dada a sua natureza, não deverão ser aprovadas. Os pedidos que forem autorizados podem ser cumpridos no terreno também com ou sem a presença de investigadores da polícia inglesa, sublinhou ainda a PJ. O PÚBLICO questionou a PGR que até ao momento ainda não prestou esclarecimentos. O processo de inquérito ao desaparecimento da menina inglesa foi reaberto em Portugal em Outubro do ano passado, mas estas diligências agora pensadas pelos investigadores britânicos ocorrerão, eventualmente, apenas no âmbito da investigação naquele país. Segundo o Guardian, os pais de Madeleine não se deverão deslocar a Portugal, ficando desta vez a acompanhar as operações à distância. Contudo, ainda na semana passada, Kate e Gerry McCann disseram acreditar que uma operação conjunta poderia acelerar a investigação do desaparecimento da filha. “O que gostaríamos mesmo era de ver uma investigação conjunta em vez de duas a decorrer em paralelo. Há muita burocracia envolvida, cartas rogatórias internacionais que são muito chatas e que têm um processo muito moroso”, afirmou o pai, numa entrevista à agência Lusa. Actualmente decorrem duas investigações, uma em Portugal, a cargo da Polícia Judiciária, após reabertura do inquérito por parte do Ministério Público, e outra no Reino Unido, a cargo da Polícia Metropolitana (Scotland Yard). Recentemente, o vice-comissário adjunto da polícia britânica, Martin Hewitt, lamentou a recusa das autoridades portuguesas em formar uma investigação conjunta, mas Gerry McCann insiste nesta solução. Do lado da polícia britânica, os desenvolvimentos após vários apelos públicos a pedir informação — o mais recente dos quais relacionado com alegados ataques sexuais a famílias britânicas de férias no Algarve — resultaram na identificação de vários casos. A polícia confirmou que identificou, no total, 18 casos em que famílias inglesas de férias em Portugal se queixaram de um intruso entrar nos quartos das filhas menores, dos quais nove resultaram em ataques sexuais, e de descreverem características comuns que fazem acreditar que os casos possam estar relacionados. Madeleine McCann, na altura com quatro anos, desapareceu de um apartamento na Praia da Luz onde, em 2007, passava férias com os pais e com os irmãos. Na altura, os pais estavam a jantar com amigos num restaurante perto do apartamento. O caso foi investigado pelas autoridades portuguesas, tendo sido arquivado pelo Ministério Público em 2008, por falta de provas e, posteriormente, reaberto com dados adicionais recolhidos no Reino Unido.
REFERÊNCIAS:
Entidades PJ
Defesa aprova despesa de 2,8 milhões para internato feminino do Colégio Militar
Obra resulta da fusão do Instituto de Odivelas no Colégio Militar, uma mudança alvo de contestação. (...)

Defesa aprova despesa de 2,8 milhões para internato feminino do Colégio Militar
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.05
DATA: 2014-05-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Obra resulta da fusão do Instituto de Odivelas no Colégio Militar, uma mudança alvo de contestação.
TEXTO: O Ministério da Defesa autorizou a realização de uma despesa no valor de 2, 8 milhões de euros que se destina à construção de um edifício para o internato feminino do Colégio Militar e respectivas instalações de apoio, em Lisboa. De acordo com um despacho publicado no final de segunda-feira em Diário da República, assinado pela secretária de Estado Adjunta e da Defesa, Berta Cabral, a obra deverá ser feita na sequência de um concurso público e “visa assegurar as condições necessárias para a manutenção de um projecto de ensino de qualidade reconhecida, cuja especificidade e diferenciação assenta nas dimensões que configuram a matriz militar”. A construção das novas instalações insere-se na fusão em curso entre o Instituto de Odivelas e o Colégio Militar e o ministro da Defesa já tinha explicado que o investimento veria o seu orçamento suportado com as poupanças da fusão no prazo de ano e meio a dois anos. A mudança tem, contudo, gerado vários protestos, nomeadamente por parte dos pais das alunas de Odivelas que, em Março, escreveram uma carta aberta ao ministro da Defesa criticando duramente as decisões de José Pedro Aguiar-Branco sobre aquela escola, nomeadamente o novo método de funcionamento na sequência da fusão e o facto de terem sido proibidas novas admissões. A tutela determinou que o Instituto de Odivelas encerrará no ano lectivo de 2015/2016, mas os pais queixam-se de falta de informação. Querem saber, por exemplo, qual o estatuto das alunas de Odivelas no Colégio Militar, a que director respondem, que farda devem usar, e se terão que formar na parada, marchar e receber obrigatoriamente instrução militar como os alunos daquele colégio. Como no Instituto de Odivelas não há a componente militar, o manuseamento de armas de guerra é outra das questões por responder. O ministro é acusado pelos pais de ter alterado “abusiva e unilateralmente” as regras dos “contratos de educação” que os pais fizeram com o Instituto de Odivelas quando ali matricularam as filhas, em regime de internato e com um “projecto educativo específico para a totalidade do percurso escolar”, ou seja, no limite, até ao ano lectivo de 2019/2020, mas que foi agora suspenso com o processo de fusão. Os pais ainda chegaram a interpor uma providência cautelar para tentar travar a reforma, mas foi recusada pelas instâncias judiciais. Aliás, também em Março, o próprio director do Colégio Militar pediu a Aguiar-Branco ajuda para resolver os problemas relacionados com a falta de pessoal e de estruturas específicas para as alunas que transitaram para aquelas instalações. O Colégio Militar tem neste ano lectivo 354 rapazes e 47 raparigas e o director tem como objectivo manter o efectivo médio nos 500 alunos. A integração entre o Colégio Militar e o Instituto de Odivelas foi justificado pela tutela com a racionalização de custos, mas fortemente contestado por pais e alunos das duas escolas. A reestruturação dos estabelecimentos militares de ensino não superior envolve ainda o Instituto dos Pupilos do Exército. O plano de encerramento do Instituto de Odivelas deverá estar concluído no início do ano lectivo 2015/2016, coincidindo com a concentração progressiva da oferta educativa no Colégio Militar. Desde Setembro que as aulas das alunas do Instituto de Odivelas têm lugar, em regime de externato, no Colégio Militar, no Largo da Luz, que agora é um estabelecimento misto.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra escola concentração educação ajuda
Jovens e em posições de chefia são os mais satisfeitos no trabalho
Observatório Nacional dos Recursos Humanos diz que índices de satisfação aumentaram em 2013, sobretudo, no sector privado. (...)

Jovens e em posições de chefia são os mais satisfeitos no trabalho
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.366
DATA: 2014-05-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Observatório Nacional dos Recursos Humanos diz que índices de satisfação aumentaram em 2013, sobretudo, no sector privado.
TEXTO: Os índices de satisfação, lealdade e envolvimento dos trabalhadores aumentaram, em geral, em 2013, e são mais elevados entre os jovens (até 25 anos), os que ocupam posições de chefia, e quem está há menos tempo na empresa, garante o Observatório Nacional dos Recursos Humanos (ONRH). Dos 12 índices que são medidos por esta organização ˜ que efectua o estudo com base nas respostas de 19. 358 portugueses – os que se referem ao “reconhecimento e recompensa” e a “mudança e inovação” são os que registam valores médios mais baixos. O nível de satisfação aumentou 3, 3 pontos em 2013, face a 2012, e situa-se agora nos 59, 8 pontos. As mulheres estão mais satisfeitas do que os homens e é no sector privado que se obtém melhores resultados médios. “O sector público diminuiu, em 2013, a diferença face ao sector privado”, indica o ONRG. É na “satisfação com as regalias e benefícios obtidos” e com a formação que a taxa de respostas é menor no sector público, em comparação com o privado. Há também menos vontade de recomendar a empresa ou organização a um amigo. Os resultados do índice serão apresentados quarta-feira, em Lisboa. O ONRH foi criado há 12 anos e resulta de uma parceria entre a Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas, a Associação Portuguesa para a Qualidade e as empresas Qual e Qmetrics.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens humanos estudo mulheres
A higiene necessária para lidar com a “saída limpa”
Dia 25 é altura de proceder à higiene mínima necessária para lidar com a nossa “saída limpa”. (...)

A higiene necessária para lidar com a “saída limpa”
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.183
DATA: 2014-05-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Dia 25 é altura de proceder à higiene mínima necessária para lidar com a nossa “saída limpa”.
TEXTO: As 10 estratégias de manipulação, segundo Chomsky, são presença profusa na acção do Governo. O processo de saída do programa de assistência financeira e o discurso de Passos Coelho, que o anunciou, ilustram-no. “Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto-circuito na análise racional e pôr fim ao sentido crítico dos indivíduos”, diz Chomsky. Passos tentou-o quando aproveitou a comunicação ao país para vender esperança que não cola e dramatizar com o medo que a fome e o desemprego espalharam. Mas porque a sua palavra está totalmente desacreditada, não o conseguiu. Quando disse “hoje, em Conselho de Ministros, o Governo decidiu que sairemos do Programa de Assistência sem recorrer a qualquer programa cautelar”, todos sabemos que manipulou a verdade. O Governo não decidiu. Decidiram a Alemanha e a Finlândia e, por elas, a Europa. Quando disse “temos reservas financeiras para um ano, que nos protegem de qualquer perturbação externa”, omitiu que essa almofada financeira, de 10 mil milhões de euros, custa 850 milhões de juros por ano, retirados à educação, à saúde e à protecção dos mais fracos. O discurso de Passos Coelho foi patética propaganda ferida de credibilidade mínima pelas mentiras da véspera, que o Documento de Estratégia Orçamental 2014-2018 evidenciou. Nada do que ele ou o Governo digam merece crédito. Garantiram que a carga fiscal não aumentaria. Mas subiram o IVA e a TSU. Compararam pateticamente a saída da Troika, a 17 de Maio, ao 25 de Abril e a 1640. Até inauguraram relógios em contagem decrescente. E agora, afinal, todos sabemos o que eles sabiam desde o princípio: que a tutela da Comissão Europeia e do FMI vai manter-se até 2037 e 2021, respectivamente. “Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para o seu controlo e escravidão” é estratagema para manter os cidadãos na ignorância, insiste Chomsky. Há 3 anos que Passos assim procede, querendo fazer-nos acreditar que o sonho de modernizar o país foi um erro, que devíamos ter continuado pobres e sem ambições, numa palavra, que fomos irresponsáveis e vivemos acima das nossas possibilidades. Mas diz-nos uma outra análise, mais fina, que a verdadeira história é diversa. Que o modelo de união monetária (sem união política verdadeira, sem união fiscal e sem união bancária) intensificou as desigualdades entre as economias europeias, com o norte a apossar-se das empresas produtivas dos países periféricos. É este desequilíbrio que acentuou o défice comercial dos países do sul e gerou excedentes nos do norte, particularmente na Alemanha. Com este pano de fundo, surgem os irresponsáveis alternativos aos cidadãos “irresponsáveis” do sul: os bancos alemães e todos os bancos que se financiaram junto dos bancos alemães. Com efeito, a grande quantidade de dinheiro drenada para os bancos alemães pela assimetria descrita (700 mil milhões de euros) foi usada para especular, financiando dívida de bancos irlandeses, bolha imobiliária espanhola e mil e um negócios de outros bancos, que se aprovisionaram junto dos bancos alemães. Foi este sôfrego desatino (de bancos que não de cidadãos comuns) que encheu a banca alemã de activos tóxicos. E não resisto a abrir um parêntesis para recordar que Jonathan Alpert, conhecido como o terapeuta de Wall Street, citado pelo Expresso de 17/9/11, disse, referindo-se aos que gerem o modelo económico que nos domina, que “eram gente impulsiva, narcisista, que mede o sucesso pela quantidade de dinheiro, que adora o risco e tem dificuldade em gerir o equilíbrio dos vários elementos da vida (família, trabalho e lazer), cuja maioria (60%), consome drogas, álcool e gasta milhares de dólares em prostitutas". Quando a crise rebentou, Merkel protegeu os seus banqueiros e todos os banqueiros estrangeiros. Os bancos, irresponsáveis pela forma imprudente com que emprestaram sem rei nem roque, não faliram. Mas os países resgatados (e logo os cidadãos respectivos) ficaram com as suas dívidas. Os nacionais de cada país pagaram aos bancos alemães. E os coelhos deste mundo, reverentes a Merkel, agradeceram-lhe a “ajuda” e acusaram os seus povos de terem vivido acima das suas possibilidades. Mais ainda. Foi a mesma Alemanha que impediu o Banco Central Europeu de fazer o que devia e com isso criou nova e escandalosa vantagem para si mesma: enquanto os juros da divida pública dos outros foram subindo, os seus foram descendo.
REFERÊNCIAS:
O que quer, o que pode esta língua?
No âmbito do especial Ano Grande do Brasil, o PÚBLICO faz a uma série de personalidades a mesma pergunta: Para onde vai o Brasil? (...)

O que quer, o que pode esta língua?
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: No âmbito do especial Ano Grande do Brasil, o PÚBLICO faz a uma série de personalidades a mesma pergunta: Para onde vai o Brasil?
TEXTO: A pergunta que o PÚBLICO nos faz é daquelas que ganham força afirmativa justamente por estarem na forma interrogativa – ao menos no que diz respeito à língua, que insistimos em chamar de portuguesa, como a demarcar afetivamente o ponto de partida de uma viagem cujo destino não importa ou ainda não é conhecido. O que quer, o que pode esta língua?, perguntou Caetano Veloso numa canção dos anos 1980. O que quer, o que pode esta canção?, perguntaram José Miguel Wisnik e Arthur Nestrovski um recente aula-show na Fundação Calouste Gulbenkian. A questão vai se reformulando, e a cada reconfiguração ganha novo impulso. Na tradição da megalomania brasileira, respondo: é como se essas perguntas afirmassem que podemos tudo. Wisnik e Nestrovski como que demarcam o caráter literário da canção brasileira, legítima fundadora da língua nacional. O português do Brasil é cantado, isso não é novidade, mas também é sincopado como o que se fala e se canta-falando nas periferias de São Paulo. Para captar o português brasileiro é preciso ter ouvido, como o poeta Francisco Alvim, o escritor André Sant’Anna ou os comediantes do Porta dos Fundos. É como um latim falado por crianças, na feliz definição de Paulo Rónai, o erudito que partiu de Budapeste, fugindo do nazismo, para vir parar no Brasil – não sem parar antes em Lisboa, onde ouviu um idioma muito diferente daquele que estudava na Hungria, somente a partir de livros e jornais que escassamente vinham lhe cair nas mãos. Há quem diga que a extraordinária história de Rónai foi a inspiração de Chico Buarque para escrever seu romance Budapeste – quem duvidar poderá tirar a prova, no breve ensaio Como aprendi o português, de título auto-explicativo, uma das mais belas declarações de amor já escritas sobre o idioma. Rónai foi um dos mais notáveis estudiosos da língua portuguesa, tendo publicado numerosos ensaios, dicionários e traduções literárias. Num de seus textos sobre a tradução, campo literário em que o Brasil vem se desenvolvendo fortemente, ancorado tanto em sua ampla matriz multicultural quanto em seu isolamento linguístico na América Latina, Rónai defendeu algo que muitas vezes é visto como um problema: para ele, a contaminação da língua por estruturas estrangeiras ajuda a trazer novas estruturas sintáticas para a literatura nacional. O Brasil aprendeu a se orgulhar da miscigenação linguística que vem marcando sua literatura. O narrador de Budapeste, por exemplo, toma emprestado estruturas frasais de traduções ruins, da fala estropiada dos estrangeiros que vão inseminando o idioma de adoção. Essa estranha mistura de erudição e insolência linguística gerou outras obras literárias poderosas, como Lavoura Arcaica, de Raduan Nassar. No campo da tradução literária essa miscigenação linguística também rendeu frutos, sobretudo pela possibilidade de traduzirmos à nossa maneira. À diferença dos vizinhos hispanos, que sofrem com o imperialismo editorial espanhol, conseguimos, nos contratos internacionais de tradução, garantir a coexistência de diferentes traduções de um mesmo livro, para o Brasil e para Portugal. O curioso é que, nesse processo radical de singularização e de mudanças aceleradas, tenhamos preservado traços que ainda estão na origem da nossa tradição. O poeta e tradutor Paulo Henriques Britto, certa vez, contou-me que, estudando a poesia de Camões, deu-se conta de que, lidos com o atual sotaque português, a métrica não fechava. Ele e seus alunos então leram os mesmos sonetos com o sotaque do Brasil de hoje – e foi batata, como diria Nelson Rodrigues: a métrica fechou perfeitamente. (“Gosto de roçar a minha língua na língua de Luís de Camões” – Caetano, mais uma vez. )Do ponto de vista do mercado editorial o Brasil tornou-se, nos últimos anos, um novo foco de interesses internacionais. Conglomerados editoriais multinacionais seguiram o caminho já trilhado por editoras ibéricas alguns anos antes e romperam com o modelo praticamente intocado de empresas familiares que vigorava desde meados do século 20. Com gerações inteiras de leitores em formação, vultosas compras de livros pelos governos das diferentes esferas administrativas (a atual menina dos olhos das editoras) e a economia em relativo crescimento, o Brasil se tornou uma fonte potencial de leitores para os editores dos países que já não veem mais por onde formar grandes contingentes de público.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo ajuda
Nos bastidores do Novas Oportunidades por quem lá trabalhou cinco anos
Susana Nobre foi profissional de reconhecimento de competências do Novas Oportunidades, programa-símbolo do Governo de Sócrates. E fez um filme, Vida Activa, que se estreia nesta quinta-feira. (...)

Nos bastidores do Novas Oportunidades por quem lá trabalhou cinco anos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.4
DATA: 2014-05-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Susana Nobre foi profissional de reconhecimento de competências do Novas Oportunidades, programa-símbolo do Governo de Sócrates. E fez um filme, Vida Activa, que se estreia nesta quinta-feira.
TEXTO: Há um homem, 60 e poucos anos: iniciou-se na “arte de cortar carnes” aos 11 e as facas passaram a ser “tudo” para ele. Depois de 35 anos de trabalho, “o malandro do patrão desapareceu” e agora aqui está ele, a aprender a usar computadores, quando do que sabe realmente é desta “arte tão bonita” de cortar. “Gostava que me aproveitassem. ” Também há uma mulher que há 23 anos trabalha para uma junta de freguesia, na limpeza da rua. Tem “muito orgulho” de que o seu trabalho nunca tenha sido alvo de reparos. “Muito orgulho. ” E há um serralheiro mecânico: “A gente estar aqui a relatar o passado da vida de cada um, toda a gente sabe, isto é tudo igual. ” Igual em quê? Desde logo, nenhum teve hipótese de estudar muito quando era jovem. “Porque se ganhava pouco, porque os pais não podiam, porque não sei quê, porque não sei quantos. ”O cortador de carnes, a funcionária da junta, o serralheiro mecânico também têm isto em comum: inscreveram-se no Novas Oportunidades — programa emblemático do Governo de José Sócrates, lançado em 2006, alvo de elogios e de críticas, pelo qual passaram mais de um milhão de portugueses. Cerca de 409 mil obtiveram, por essa via, um certificado equivalente ao 9. º ou ao 12. º ano, a maioria depois de terem visto reconhecidas competências que tinham adquirido ao longo da sua vida profissional, na fábrica, no campo, na rua. Um documentário de Susana Nobre, que nesta quinta-feira se estreia no Cinema City Alvalade, em Lisboa, mostra os bastidores deste programa de qualificação que o actual Governo extinguiu. Chama-se Vida Activa. Após a sessão das 21h30, haverá um debate com o sindicalista e sociólogo Manuel Carvalho da Silva. Os protagonistas do filme são o cortador de carne, o serralheiro, a funcionária da junta, e muitos outros, em diferentes fases: tensos, quando confrontados com o primeiro teste de avaliação em décadas; orgulhosos, quando lêem o texto que prepararam para descrever “um dia na vida de. . . ”, neste caso deles próprios. Alguns estão ali porque acham de facto que tudo o que aprenderam ao longo da vida pode ajudar a obter um certificado que “abra portas”, nas palavras usadas por João Machado, 60 anos, torneiro mecânico, agora na reforma, que falou ao PÚBLICO numa conversa que juntou também a realizadora de Vida Activa. Outros, muitos, estão ali obrigados — a certa altura, conta Susana Nobre, todos os desempregados a receber subsídio que não tinham o 9. º ano passaram a ter de inscrever-se nos Centros Novas Oportunidades (CNO). E foi aí, provavelmente, que as coisas começaram a correr menos bem. Essas pessoas “queria trabalho, não formação”. E os CNO eram pressionados a cumprir metas — “x” número de inscritos, “x” número de certificados por mês. “Massificou-se. ”Foi em 2007 que Susana foi convidada a integrar a equipa de um CNO, em Alverca, e passou a ser uma das técnicas a entrevistar e acompanhar quem pretendia iniciar um processo de “reconhecimento, validação e certificação de competências”. Um ano depois, obteve autorização para filmar. Vida Activa é o resultado de quatro anos a filmar: as primeiras entrevistas com os homens e as mulheres que se dirigiam ao centro (“Qual é a sua profissão?” “Faz o quê concretamente?”); as sessões de Matemática para a Vida ou de Tecnologias (é numa delas que o cortador de carnes se queixa de não perceber de computadores); a discussão do portfólio, onde cada candidato ao certificado relatava e documentava a sua experiência de vida; a discussão perante um júri. . . No filme, as pessoas descrevem falências, despedimentos colectivos, o fim de uma certa ideia de trabalho e de lugar na sociedade — falam, sintetiza Nobre, do país nos últimos 40 anos. E de um programa que tendo-se proposto a elevar as qualificações dos portugueses, acabou a ser acusado de facilitismo. João Machado não pode discordar mais. “[Dizerem] que havia facilitismo foi aproveitamento político. ”João Machado sublinha que procurou o centro de Alverca “por causa da valorização”. “Porque é diferente uma pessoa apresentar-se com a 4. ª classe ou com o 9. º ano. Isto era um programa muito completo, com informática, tive de fazer provas, tive de apresentar histórias, aprendi, foi bom para a minha cultura geral. Tenho esta idade mas quero ser activo. Ter o 9. º é ter uma porta aberta. ”Susana Nobre tem uma visão mais crítica. Alguns processos de reconhecimento de competências exigiriam, por ventura, mais formação dos adultos, admite. Mas “havia deficiências na articulação com a formação”. Com o investimento feito (em 2012 o ministro Nuno Crato dizia que se tinham gasto 1800 milhões de euros, só no eixo adultos) “talvez se devesse ter feito muito mais”. Ainda assim, não tem dúvidas: “Era importante haver uma reforma dos CNO, mas não acho que devesse acabar. O programa tinha resultados imediatos na vida das pessoas, na auto-estima, na economia e na educação. Alguns resultados não são ainda mensuráveis. Por exemplo, o efeito que tinha nas crianças ver os pais nestes processos, a trabalhar em casa. . . ” Pais que, em muitos casos, nunca tinham valorizado tanto a escola.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens escola cultura campo educação mulher homem carne mulheres
Berlusconi começa a prestar serviço comunitário e isso pode ser bom para ele
Antigo primeiro-ministro chegou à Fundação Sagrada Família, em Milão, onde vai ajudar doentes de Alzheimer nos próximos 12 meses. Pena pode ser "uma oportunidade de propaganda". (...)

Berlusconi começa a prestar serviço comunitário e isso pode ser bom para ele
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.7
DATA: 2014-05-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: Antigo primeiro-ministro chegou à Fundação Sagrada Família, em Milão, onde vai ajudar doentes de Alzheimer nos próximos 12 meses. Pena pode ser "uma oportunidade de propaganda".
TEXTO: Declarar a morte política de Silvio Berlusconi seria provavelmente a notícia mais exagerada da História, mas o homem que até há pouco mais de dois anos parecia imune a qualquer contratempo é hoje protagonista de um episódio impensável nos seus gloriosos dias na presidência do Governo, na administração do seu império nos media e no trono do clube de futebol AC Milan. Pouco depois das 9h30 desta sexta-feira, Il Cavaliere chegava à Fundação Sagrada Família, na província de Milão, para começar a cumprir 12 meses de serviço comunitário, ajudando doentes de Alzheimer. O passado de Berlusconi perseguiu-o nas páginas dos jornais e nas aberturas dos noticiários em Itália: o que iria ele fazer para tirar partido da pena a que foi condenado por fraude fiscal?Os quatro anos de prisão da sentença decretada em primeira instância há dois anos (e confirmada no ano passado pelo Supremo Tribunal) foram automaticamente reduzidos para um ano, devido a uma amnistia. Com mais de 70 anos, Berlusconi podia escolher entre ficar em prisão domiciliária ou prestar serviço comunitário. Depois de ter indicado que iria optar pela primeira, resolveu escolher a segunda – uma decisão que foi logo descrita pelo jornalista e escritor Jacopo Iacobini, nas páginas do jornal La Stampa, como "uma oportunidade de propaganda". Nesta sexta-feira, o director do centro que vai receber a ajuda de Silvio Berlusconi nos próximos 12 meses apressou-se a garantir que não iria deixar que a pena do antigo primeiro-ministro se transformasse em mais um espectáculo mediático. "Vamos dar pequenos passos para não cometermos erros. Depois disso, ele poderá fazer todo o tipo de coisas. Poderá ajudar com as refeições, que são complicadas, porque, por vezes, é preciso 'recordar' os doentes de que eles estão a comer", explicou Massimo Restelli ao jornal La Repubblica. "Pedimos a todas as pessoas, incluindo Berlusconi, que prestem atenção e que ouçam, e que não fiquem ansiosos para mostrar trabalho", acrescentou o responsável. Tal como qualquer outro condenado a prestar serviço comunitário na Fundação Sagrada Família, no município de Cesano Boscone, Silvio Berlusconi será acompanhado por um profissional de saúde especializado na doença de Alzheimer, para que possa ser estabelecida uma ligação entre ele e os doentes "de forma gradual". "Veremos se a presença de Silvio vai criar laços fortes, se irá tornar-se uma referência para alguém. Os nossos hóspedes conseguem lembrar-se, ainda que isto pareça um absurdo para as pessoas que não conhecem a doença", disse Massimo Restelli. Antes de chegar à Fundação Sagrada Família, o antigo primeiro-ministro já tinha avisado que não estava a pensar em ser apenas mais um: "Acho que acabarei por ficar muito mais tempo do que aquilo a que fui obrigado. Preparei uma grande surpresa. Em apenas dez dias aprendi os diferentes métodos curativos que podem ser usados", disse Berlusconi, de 77 anos. Emilio Fede, antiga figura de proa de uma das estações de televisão de Berlusconi, a Rete 4, e condenado a sete anos de prisão por ter promovido encontros do antigo primeiro-ministro com prostitutas, enalteceu a "humanidade" com que o seu amigo vai cumprir o serviço comunitário. "Berlusconi está a preparar-se muito bem e está a estudar tudo sobre [a doença de] Alzheimer. Vai desempenhar a sua tarefa bem e com humanidade", disse Emilio Fede. Tudo em nome da sua mãe, Rosa Bossi, "uma referência importante na sua vida, que ajudou sempre os mais idosos". Mas também há quem não queira saber das intenções de Berlusconi, nem da forma como irá criar laços com os doentes de Alzheimer. Quando chegou às instalações da Fundação Sagrada Família, o antigo primeiro-ministro tinha à sua espera um manifestante, que exigiu a sua ida directa para a prisão, sem passar pela casa dos serviços comunitários. "Para a prisão! Nós, os trabalhadores italianos, temos um sonho nos nossos corações: Berlusconi em San Vittore!", disse o manifestante, numa referência à prisão localizada no centro de Milão, construída no século XIX, e por onde passaram nomes como Totò Riina, o último grande chefe da Cosa Nostra, ou Gaetano Bresci, o anarquista que assassinou o rei Humberto I, em Julho de 1900.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte tribunal prisão ajuda homem doença
Abortos feitos ao abrigo da lei voltaram a diminuir em 2013
Interrupções de gravidez por opção da mulher diminuiram 6,5%. Face a 2012, registaram-se menos 1201 abortos. (...)

Abortos feitos ao abrigo da lei voltaram a diminuir em 2013
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.4
DATA: 2014-05-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Interrupções de gravidez por opção da mulher diminuiram 6,5%. Face a 2012, registaram-se menos 1201 abortos.
TEXTO: Pelo segundo ano consecutivo, as interrupções de gravidez diminuíram em Portugal, revela um relatório da Direcção-Geral da Saúde sobre os abortos feitos ao abrigo da lei esta segunda-feira divulgado. No total, no ano passado, face a 2012, houve menos 1201 interrupções de gravidez feitas por opção da mulher, até às 10 semanas de gravidezEm 2012, as interrupções voluntárias de gravidez já tinham diminuido 6, 6% face ao ano anterior. No total, incluindo os abortos por outras causas (malformação do feto ou risco de vida da mulher), no ano passado registaram-se 17 964 IVG, menos 6, 2% do que no ano anterior, indica o relatório. Um reflexo da crise é o facto de quase um quarto (23, 6%) das mulheres que interromperam a gravidez em 2013 estarem desempregadas. Esta percentagem representa um novo aumento face a 2012 (22, 7%) e a 2011, anos em que já se tinha verificado um acréscimo no grupo das desempregadas, que passou a ser o predominante.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei mulher mulheres
O Mundial dos atrasos corre contra o tempo
Aeroportos e redes de telemóvel e Internet são as maiores preocupações. (...)

O Mundial dos atrasos corre contra o tempo
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-12 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20140512170256/http://www.publico.pt/1635392
SUMÁRIO: Aeroportos e redes de telemóvel e Internet são as maiores preocupações.
TEXTO: A um mês do arranque do Mundial de futebol no Brasil, três estádios não estão prontos, vários aeroportos preparam planos de contingência, porque ainda não têm as obras terminadas, e as telecomunicações ameaçam ser uma dor de cabeça para jornalistas e adeptos. Atraso continua a ser a palavra mais associada à organização brasileira, quando não surgem qualificações mais fortes — na semana passada, o secretário-geral da FIFA, Jêrome Valcke, disse que viveu um “inferno” na relação com as autoridades brasileiras. A lentidão na organização não é algo novo no Brasil e o Carnaval é muitas vezes utilizado como referência. O escritor Ruy Castro recorda ao PÚBLICO os atrasos na organização da Conferência da ONU no Rio de Janeiro em 1992. “A um mês do início dos trabalhos, não tinha nada pronto. O chefe da ONU no Rio dizia que ‘o Brasil é uma bagunça’. E a minha mulher, que era chefe de imprensa, dizia: ‘Tenha calma. Você já foi a algum desfile de escola de samba? Faltando 15 minutos para a escola entrar em cena, é uma bagunça, ninguém se entende, está tudo desorganizado. Aí, de repente, chega a hora, alguém apita e a escola sai linda para a rua’. Ele ficava furioso por comparar a ONU com a escola de samba, mas no Brasil é tudo a mesma coisa. ”A um mês do início da prova, a organização do Mundial cada vez mais espera um efeito carnavalesco que apague todos os problemas e atrasos, algo inexplicáveis em quem teve sete anos para organizar a competição. Mas a incerteza mantém-se até ao último minuto. O Itaquerão, estádio da abertura, foi inaugurado na quinta-feira por Dilma Rousseff, mas está longe de estar terminado. As bancadas ainda não estão prontas, faltam cadeiras e muito cabos estão por instalar. O mesmo acontece na Arena Pantanal, em Cuiabá (onde, na quinta-feira, morreu mais um trabalhador), e na Arena da Baixada, em Curitiba, mais dois estádios que vão ser entregues com mais de cinco meses de atraso. A FIFA já reconheceu que reduziu as exigências, para não atrasar ainda mais a entrega dos recintos, e Jêrome Valcke admitiu que viveu “um inferno”: “Sobretudo porque no Brasil há três níveis políticos”, explicou o secretário-geral da FIFA, para quem o Mundial não é comparável ao Carnaval. “Lembro-me que me diziam: ‘Como pode duvidar do Brasil? Nós organizamos o Carnaval do Rio todos os anos, com três milhões de pessoas. ’ Mas no Carnaval são muitas pessoas do Rio e que têm os seus apartamentos lá. As pessoas achavam que era fácil organizar o Mundial”, criticou Valcke. Mesmo depois de a estrutura dos estádios estar pronta, há muito trabalho a fazer. Em Fevereiro, quando o PÚBLICO visitou o estádio de Manaus, o responsável da organização estava preocupado com toda a questão das comunicações, que exige tempo para instalar cabos e fazer testes, seja para as transmissões televisivas, seja para a rede de Internet. A prioridade total da organização é para as transmissões televisivas, essenciais para o sucesso da competição. E na rede de telemóveis e Internet há igualmente atrasos substanciais. Até o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, já admitiu que será muito difícil oferecer um serviço de boa qualidade em vários estádios. O Brasil, aliás, tem um histórico de dificuldades nas redes de telecomunicações, que, na era das redes sociais, serão pressionadas pela chegada de 600 mil turistas. Teme-se a repetição do que se passou na final da Taça das Confederações, em 2013, quando muitos adeptos no Maracanã chegaram ao fim do jogo sem bateria (porque os telefones passaram o tempo à procura de rede) e outros não conseguiram enviar mensagens, por causa do congestionamento da rede. Ainda antes de experimentarem estádios e telecomunicações, os adeptos estrangeiros vão sujeitar o Brasil a um dos grandes testes do Mundial: os aeroportos podem ser decisivos para marcar o tom. E o panorama, para já, não é animador. Ainda há muitas obras a decorrer nos aeroportos das 12 cidades-sede. Fortaleza vai usar um terminal provisório, Belo Horizonte não terminará as obras a tempo, em Guarulhos (São Paulo) apenas uma parte do novo terminal deverá estar a funcionar. “Vários aeroportos vão ter de recorrer a planos de contingência”, disse à Reuters Carlos Ozores, consultor de aviação. Com tantos atrasos e potencial para correr mal, a maior esperança do Brasil é que se confirme que organizar um Mundial é um mês de felicidade, resume Ruy Castro. “No meio da desorganização, de repente as coisas se arranjam espontaneamente. Ou então não, mas o que tem em volta — o céu, a luz, o calor, o sol, as mulheres, a comida — cria uma atmosfera muito positiva e as pessoas esquecem os defeitos. ”
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Consumo de álcool desce em Portugal mas continua a ser dos mais elevados da Europa
O consumo de álcool em Portugal teve uma redução de 1,5 litros per capita entre 2003 e 2010 (...)

Consumo de álcool desce em Portugal mas continua a ser dos mais elevados da Europa
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: O consumo de álcool em Portugal teve uma redução de 1,5 litros per capita entre 2003 e 2010
TEXTO: A média de consumo de álcool em Portugal desceu de 14, 4 para 12, 9 litros per capita entre 2003 e 2010, mas continuava acima da média europeia de 10, 9 litros, segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo os dados do documento, divulgado esta segunda-feira, Portugal mantém-se entre os 10 países da Europa com mais consumo de álcool médio por pessoa, numa lista com 44 países. A Bielorrússia surge como o país com maior consumo, com uma média de 17, 5 litros de álcool per capita, seguida pela Moldávia, com 16, 8 litros e da Lituânia com 15, 4. Em Portugal, a média de consumo per capita passou de 14, 4 litros no período 2003-2005 para os 12, 9 litros entre 2008-2010, uma redução de 1, 5 litros per capita. Também a média europeia decresceu no mesmo período, passando de 11, 9 litros para 10, 9, mas a Europa continua a ser a região do globo onde o consumo é mais elevado. Os homens portugueses consomem em média o dobro do que as mulheres, respectivamente com 18, 7 litros per capita e 7, 6 litros, segundo os dados do relatório, que reportam a 2010. Números mais recentes, de 2012, são os relativos à influência do álcool nos acidentes rodoviários: 17, 2 em cada 100 mil homens portugueses 4, 8 em cada 100 mil mulheres morrem na estrada devido ao álcool. No que respeita à prevalência de distúrbios ligados ao álcool e a situações de dependência, Portugal surge abaixo da média europeia. Os dados de 2010 mostram que 5, 8% da população portuguesa acima dos 15 anos manifestava distúrbios ligados ao álcool e que 3, 1% tinha dependência. Quanto ao tipo de bebida, em Portugal o vinho continua a representar 55% do álcool consumido, seguindo-se a cerveja com 31%, as bebidas espirituosas com 11% e outro tipo não especificado de bebidas com 3%. Apesar de surgir, no conjunto dos países da Europa, com um elevado consumo per capita, Portugal tem também um grande número de abstémios, com 43% da população a não ter consumido álcool nos 12 meses anteriores.
REFERÊNCIAS:
Entidades OMS