Escuteiros dos EUA querem manter secretas provas de abusos de menores
O movimento de Escuteiros da América está a batalhar em tribunal para manter em segredo um extenso arquivo de casos de pedofilia cometidos dentro da organização, revela hoje o diário britânico "The Guardian". (...)

Escuteiros dos EUA querem manter secretas provas de abusos de menores
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.4
DATA: 2010-04-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: O movimento de Escuteiros da América está a batalhar em tribunal para manter em segredo um extenso arquivo de casos de pedofilia cometidos dentro da organização, revela hoje o diário britânico "The Guardian".
TEXTO: Advogados de várias alegadas vítimas – hoje já adultas – requereram que os Escuteiros tornem públicos os documentos, depois de um tribunal do Oregon ter, na semana passada, condenado o movimento a pagar uma indemnização de 18, 5 milhões de dólares ao queixoso Kerry Lewis. Foi a mais elevada indemnização atribuída judicialmente nos Estados Unidos a um único demandante num caso de abuso sexual de menores. Aquele antigo escuteiro acusou um antigo responsável da organização, Timur Dykes, de o ter abusado sexualmente repetidas vezes durante a década de 1980. De acordo com os autos do julgamento, Dykes –que está a ser acusado por outros antigos escuteiros de abusos sexuais – admitiu a prática do crime a um superior nos Escuteiros da América, mas foi-lhe mesmo assim permitido permanecer no movimento, e com funções de supervisão das crianças e adolescentes. Mais de 1. 200 ficheiros relativos a casos de pedofilia foram analisados pelo júri – mas não apensos aos autos – apesar de a organização tudo ter tentado em tribunal para o evitar. Segundo o advogado de Lewis, aqueles documentos eram feitos no âmbito de processos disciplinares para a expulsão de pedófilos no seio do movimento, mas sublinhou que em muitos casos os suspeitos abusadores não foram efectivamente afastados, e só muito raramente eram apresentadas queixas à polícia. Estima-se que os Escuteiros da América, organização com três milhões de membros e que vale milhares de milhões de dólares, possuam mais de seis mil destes “ficheiros de perversões” documentando casos de pedofilia ao longo de décadas, desde mesmo o início dos anos de 1920. O arquivo – guardado a sete chaves na sede do movimento, no Texas – é agora centro de um novo processo, com julgamento marcado para Maio, em que os advogados de várias vítimas de abuso exigem a sua divulgação pública na totalidade. “Eles têm ali 75 anos de ficheiros secretos de pedofilia e foi isso mesmo que as provas demonstraram. Acho mesmo que o facto de aquele arquivo existir, daquela forma, deixou por si só os jurados siderados”, avaliou a advogada de Lewis, Kelly Clark, ao ser anunciada a condenação.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime tribunal sexual abuso
Cinco mil reclusos pedem influência do Papa para amnistia de pequenos delitos e redução de penas
Cerca de 5000 reclusos das cadeias portuguesas subscreveram um abaixo-assinado dirigido ao Papa Bento XVI, que procura sensibilizar o chefe da Igreja Católica, e através dele as autoridades portuguesas, para a aprovação de uma amnistia para pequenos delitos e de uma redução percentual de todas as penas de prisão. (...)

Cinco mil reclusos pedem influência do Papa para amnistia de pequenos delitos e redução de penas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.25
DATA: 2010-05-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cerca de 5000 reclusos das cadeias portuguesas subscreveram um abaixo-assinado dirigido ao Papa Bento XVI, que procura sensibilizar o chefe da Igreja Católica, e através dele as autoridades portuguesas, para a aprovação de uma amnistia para pequenos delitos e de uma redução percentual de todas as penas de prisão.
TEXTO: A petição, lançada em Janeiro, foi entregue, na final da semana passada, no Patriarcado de Lisboa, cujos representantes, segundo os promotores do abaixo-assinado, se mostraram "solidários" e "felicitaram" a iniciativa. Com autorização da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, o abaixo-assinado circulou nas cadeias portuguesas, mas, segundo o advogado Fernando Silva, coordenador da iniciativa, nalguns locais não houve abertura e o documento "acabou por não chegar a todos os reclusos". De qualquer forma, o causídico, com escritório nas Caldas da Rainha, considera que as 5000 assinaturas recolhidas são muito significativas, representando "sensivelmente metade do universo geral de reclusos". Agora, os promotores esperam o agendamento da entrega de cópias do abaixo-assinado na Assembleia da República e na Presidência da República. "Obviamente, não é o Papa que tem o poder de decidir, serão as organizações políticas portuguesas quem pode discutir esta situação", sublinha Fernando Silva, em declarações ao PÚBLICO, frisando que, informalmente, já receberam sinais favoráveis de diversos responsáveis políticos, incluindo de alguns deputados e do próprio presidente da Comissão Parlamentar de Direitos Humanos, que "manifestou simpatia pelo tema e a necessidade da sua abordagem". Paralelamente, circulou um abaixo-assinado de teor semelhante entre familiares e amigos de reclusos que recolheu mais "algumas dezenas" de assinaturas. Fernando Silva recorda que a última Lei de Amnistia já data de 1999 e que Portugal será "o único país da Europa que este século ainda não aprovou nenhuma amnistia", vincando que a iniciativa resulta de mais três ordens de razão: o simbolismo da visita do Papa, o facto de se comemorar este ano o centenário da República Portuguesa e o facto de ser também o Ano Europeu Contra a Exclusão. Por isso, o advogado que tem apoiado os reclusos nesta iniciativa espera que a sociedade portuguesa reflicta, agora, seriamente nesta questão, considerando que não há qualquer quadro de "insegurança" no país que contrarie a possibilidade de aprovação de uma amnistia. "A questão da segurança ou insegurança é puramente subjectiva. Não creio que os cidadãos estejam menos seguros do que estavam há dois ou três anos. Há é um clima de instabilidade com origem noutros factores, mas não há agravamento dos índices de criminalidade", conclui.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos lei humanos exclusão rainha
"Go Get Some Rosemary" vence IndieLisboa
O vencedor 2010 do IndieLisboa está encontrado: "Go Get Some Rosemary", da dupla nova-iorquina Josh e Benny Safdie, arrecadou o Grande Prémio da competição oficial do festival lisboeta, anunciado na noite de ontem no Grande Auditório da Culturgest. Os júris premiaram ainda "La Pivellina", da dupla italo-austríaca Tizza Covi e Rainer Frimmel, e "Guerra Civil", do português Pedro Caldas, enquanto o público escolheu o documentário de Catarina Mourão "Pelas Sombras". (...)

"Go Get Some Rosemary" vence IndieLisboa
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.3
DATA: 2010-05-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: O vencedor 2010 do IndieLisboa está encontrado: "Go Get Some Rosemary", da dupla nova-iorquina Josh e Benny Safdie, arrecadou o Grande Prémio da competição oficial do festival lisboeta, anunciado na noite de ontem no Grande Auditório da Culturgest. Os júris premiaram ainda "La Pivellina", da dupla italo-austríaca Tizza Covi e Rainer Frimmel, e "Guerra Civil", do português Pedro Caldas, enquanto o público escolheu o documentário de Catarina Mourão "Pelas Sombras".
TEXTO: "Go Get Some Rosemary", eleito como melhor filme a concurso pelo júri internacional composto pelos realizadores Eva Truffaut e Miguel Gomes, pela programadora Birgit Kohler, pelo crítico Robert Koehler e pelo produtor Nadir Operli, acompanha as duas semanas em que um pai separado tem a custódia dos dois filhos. Estreado na Quinzena dos Realizadores de Cannes 2009, o filme inspira-se na própria infância dos realizadores e respira um aroma de John Cassavetes. O mesmo júri atribuiu o Prémio de Melhor Longa-Metragem Portuguesa a "Guerra Civil", drama de época sobre um adolescente em férias no Portugal dos anos 1980. O Prémio de Distribuição coube a "La Pivellina", ficção semi-improvisada sobre uma menina abandonada recolhida por um casal de artistas de circo. Ainda na longa-metragem, júris separados entregaram o Prémio FIPRESCI a Castro, comédia absurdista do argentino Alejo Moguillansky, e os prémios RTP Pulsar do Mundo e Amnistia Internacional ao documentário francês de Claudine Bories e Patrice Chagnard "Les Arrivants". Na categoria de curtas-metragens, o júri formado pelos realizadores Caroline Deruas, João Salaviza e Ben Rivers atribuiu o grande prémio ex-aequo a duas ficções, "Cocoon", dos alemães Till Kleinert e Tom Akileminu, e "La Neige Cache l'Ombre des Figuiers", do russo-canadiano Samer Najari. A melhor curta-metragem portuguesa foi "A History of Mutual Respect", de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt. Já o público presente no festival optou por uma outra escolha de filmes. Na categoria de longa-metragem, recompensou o documentário português de Catarina Mourão sobre a artista Lourdes Castro Pelas Sombras; na curta-metragem, premiou "Cities on Speed: Bogota Change", documentário sobre a capital colombiana do dinamarquês Andreas Dalsgaard; e o público da secção infanto-juvenil IndieJunior atribuiu o seu prémio à longa animada japonesa de Mamoru Hosuda "Summer Wars". Todos os filmes premiados serão exibidos hoje nas salas da Culturgest e do cinema Londres. O Grande Auditório da Culturgest exibe "Go Get Some Rosemary" às 16h00, "Guerra Civil" às 18h00 e "Pelas Sombras" às 21h30, com as curtas vencedoras a serem exibidas no Pequeno Auditório às 18h30; e a sala 1 do Londres exibe às 21h45 "Les Arrivants". PalmarésLongas-metragens:Grande prémio — "Go Get Some Rosemary", de Josh e Benny Safdie (EUA)Melhor longa portuguesa – "Guerra Civil", de Pedro CaldasPrémio de distribuição – "La Pivellina", de Tizza Covi e Rainer Frimmel (Itália/Áustria)Melhor fotografia em longa portuguesa — "Sem Companhia", de João TrabuloMenção honrosa para melhor interpretação – Mithat Esmer, em "10 to 11", de Pelin Esmer (Turquia)Curtas-metragens:Grande prémio – "Cocoon", de Till Kleinert e Tom Akileminu (Alemanha), e "La Neige Cache l'Ombre des Figuiers", de Samer Najari (Canadá)Menção honrosa – "La Harde", de Kathy Sebbah (França)Melhor curta portuguesa – "A History of Mutual Respect", de Gabriel Abrantes e Daniel SchmidtMenção honrosa – "Fuera de Cuadro", de Márcio LaranjeiraMelhor realizador de curta portuguesa – "Voodoo", de Sandro AguilarMelhor fotografia de curta portuguesa – "O Verão", de João DiasIndieJunior: Melhor filme – "The Six Dollar Fifty Man", de Louis Sutherland e Mark Albiston (Nova Zelândia)Menção honrosa – "Plank", de Billy Pols e Liedewij Theisens, e "Jacco's Film", de Daan Bakker (ambos Holanda)Prémios do público:Longa-metragem – "Pelas Sombras", de Catarina Mourão (Portugal)Curta-metragem – "Cities on Speed: Bogota Change", de Andreas Mol Dalsgaard (Dinamarca)IndieJunior – "Summer Wars", de Mamuru Hosoda (Japão)Prémio RTP Pulsar do Mundo: "Les Arrivants", de Claudine Bories e Patrice Chagnard (França)Prémio FIPRESCI: "Castro", de Alejo Moguillansky (Argentina) Prémio Amnistia Internacional: "Les Arrivants"
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Cameron fala sobre primeiras acções no Governo britânico
David Cameron quebrou ontem a tradição de não antecipar vitórias e deu uma entrevista delineando os seus primeiros meses de no número 10 de Downing Street: decisões, decisões, decisões. “Queremos começar logo”, afirmou ao "Sunday Times". (...)

Cameron fala sobre primeiras acções no Governo britânico
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.125
DATA: 2010-05-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: David Cameron quebrou ontem a tradição de não antecipar vitórias e deu uma entrevista delineando os seus primeiros meses de no número 10 de Downing Street: decisões, decisões, decisões. “Queremos começar logo”, afirmou ao "Sunday Times".
TEXTO: Uma das primeiras medidas seria cortar o ordenado dos seus ministros, que ganhariam 5 por cento menos do que os do Governo trabalhista. O seu primeiro discurso da Rainha, antecipou Cameron, incluiria uma lei que voltaria atrás em várias medidas do Labour, incluindo os cartões de identidade e outras dezenas de outras raramente aplicadas introduzidas pelo Labour nos últimos 13 anos, disse. Cameron quer ainda uma lei para as eleições de presidentes de câmara em todas as grandes cidades (apenas alguns conselhos locais têm mayors directamente eleitos, como por exemplo Londres), legislação para começar rapidamente empresas, e reformas para permitir a pais e grupos para estabelecer escolas estatais. Esta última reforma teria de estar pronta para entrar em vigor logo no início do ano lectivo em Setembro. “Em termos de educação, não queremos esperar”, afirmou o líder do Partido Conservador. Esta entrevista foi o maior risco até agora corrido por Cameron. Apesar de, na entrevista, reconhecer que estes planos poderiam ser estragados por um resultado diferente na votação de quinta-feira, a quebra da tradição pode mostrá-lo como um líder excessivamente confiante e que dá os votos como garantidos sem esperar que estes digam o que querem nas urnas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei educação rainha
Os cenários pós-eleitorais no Reino Unido
Com as sondagens a indicarem que dificilmente algum partido obterá a maioria, estes são os possíveis cenários pós-eleitorais. (...)

Os cenários pós-eleitorais no Reino Unido
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-05-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Com as sondagens a indicarem que dificilmente algum partido obterá a maioria, estes são os possíveis cenários pós-eleitorais.
TEXTO: Conservadores com minoria e governo de aliançasÉ um cenário altamente provável. David Cameron ganha as eleições, mas sem maioria, e forma governo com a ajuda dos lib-dem de Nick Clegg e, ou, dos partidos unionistas da Irlanda do Norte. Cameron poderá não gostar do preço imposto por Clegg em troca do seu apoio: um sistema eleitoral de representação proporcional, na qual os eleitores listam os candidatos por ordem de preferência - uma solução que os tories temem que perpetue uma aliança entre lib-dem e Labour durante décadas. Os lib-dem terão de lutar para manter muitos dos seus assentos sobretudo longe das mãos dos conservadores. Têm actualmente 63 deputados, e é improvável que vão além dos 100, entre 650. Governo de minoria dos toriesNão é muito provável, mas não deixa de ser possível. Os lib-dem estão cientes dos custos de um governo minoritário, e dificilmente se recusarão a formar uma aliança. No entanto, se isso acontecesse, Cameron teria de governar um dia de cada vez, e talvez não haja outra alternativa senão novas eleições daqui a um ano. Maioria dos conservadores É uma hipótese que não deve ser excluída: os tories conseguem a maioria dos votos e Cameron vai automaticamente pedir à Rainha para formar governo. Labour em terceiro, mas com mais votosA “Economist” escrevia na semana passada que, qualquer que seja o resultado do escrutínio, o Labour parece estar à beira da implosão. As sondagens indicam que os trabalhistas ficarão atrás dos conservadores, e até do Partido Liberal Democrata. Mas não é impossível, devido ao sistema eleitoral britânico, que, mesmo não sendo o partido mais votado, o Labour consiga eleger mais assentos na Câmara dos Comuns. Ou que, mesmo com uma vitória dos conservadores, o Labour esteja tão próximo que Clegg concorde com uma aliança, talvez exigindo a demissão de Gordon Brown. Uma coligação com os liberais-democratas poderá ser dura para o Labour, já que Clegg não aprova os planos de Brown para a redução do défice.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave rainha ajuda minoria
Rufus Wainwright: A reviravolta
Rufus Wainwright Coliseu do PortoQuinta-feira 6 de Maio de 2010Cerca de mil pessoas (um terço da capacidade)3 estrelas em 5 (...)

Rufus Wainwright: A reviravolta
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-05-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Rufus Wainwright Coliseu do PortoQuinta-feira 6 de Maio de 2010Cerca de mil pessoas (um terço da capacidade)3 estrelas em 5
TEXTO: Em 2005, no Coliseu do Porto, houve meninas de coro, lingerie, Rufus Wainwright transformado em fada, exibicionista e doido quanto baste, uma sucessão de canções pop orquestrais. Cinco anos depois, o cenário mudou radicalmente. Ei-lo sozinho em palco, a percorrer as teclas de um piano com fervor de músico clássico, avesso à melodia orelhuda, sem autorizar aplausos nos breves segundos mudos entre canções. Na verdade, só estamos a contar metade da história. Assim foi a primeira parte do concerto do músico, ontem, no Coliseu do Porto – actua hoje, na Aula Magna, em Lisboa. Nela, Rufus, sempre ao piano, interpretou, do início ao fim, o solene “All Days Are Nights: Songs For Lulu”, álbum editado em Março. Quem procurava uma fuga ou uma distracção no vídeo que era exibido num ecrã gigante não teve grande sorte. Um olho gigante, pintado a preto, fitava o público, abrindo, fechando, soltando uma ou outra lágrima. Sem falar com o público, Rufus entregou-se ao piano, sem entusiasmar. Rapidamente tornou-se óbvio que o álbum – um objecto menor no contexto da discografia do músico - não justifica uma interpretação na íntegra ao vivo (deveria permanecer como disco destinado aos fãs mais dedicados). Apesar do óbvio domínio do instrumento, Rufus parecia, por diversas vezes, perdido, como que a deambular sobre o piano – tal como no disco, entenda-se. Os momentos em que se aproximava do seu território clássico – pop, com travo clássico, é certo, mas fundamentalmente pop - serviram apenas para reforçar a convicção que nunca devia ter fugido dele. Depois do intervalo, foi um novo Rufus – sorridente, falador, um entertainer - que surgiu em palco. E passou em revista a carreira, desde a estreia, em 1998. Viajou até “Poses” (2001), com “Grey Gardens” e o hino “Cigarettes and Chocolate Milk”, com direito a engano na letra (culpou a pastelaria portuguesa, mas teve outros erros técnicos ao longo do concerto). Foi a “Want Two” (2004) buscar “The Art Teacher”, que não precisa de mais do que um piano e a voz de Wainwright para ser uma enorme canção. Um concerto atípico, mas que Rufus foi conquistando, merecia um fim atípico, providenciado por uma versão de “Walking Song”, editada em 1977 num disco da mãe, Kate McGarrigle (a meias com a irmã, Anna), que morreu em Janeiro. Wainwright fez dela um estupendo lamento (“Wouldn't it be nice to walk together / Baring our souls while wearing out the leather / We could talk shop, harmonize a song / Wouldn't it be nice to walk along”), um final perfeito para um concerto que começou mal.
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Partidos BE
Oposição quer licença de maternidade de 150 dias paga a 100 por cento
Licenças de parentalidade pagas a 100 por cento independentemente do modelo escolhido e licença obrigatória de 15 dias para o pai estão entre as propostas do PCP, Bloco de Esquerda e CDS-PP que a Assembleia da República discute na próxima quarta-feira. (...)

Oposição quer licença de maternidade de 150 dias paga a 100 por cento
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.2
DATA: 2010-05-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Licenças de parentalidade pagas a 100 por cento independentemente do modelo escolhido e licença obrigatória de 15 dias para o pai estão entre as propostas do PCP, Bloco de Esquerda e CDS-PP que a Assembleia da República discute na próxima quarta-feira.
TEXTO: Actualmente, a licença de maternidade gozada em exclusivo pela mãe é paga a 100 por cento em caso de 120 dias e a 80 por cento em caso de 150 dias. Acresce uma licença exclusiva do pai, de 30 dias, só assim sendo pago o acréscimo da licença a 100 por cento em 150 dias e 83 por cento em 180. A deputada comunista Rita Rato disse que o PCP quis contemplar as "principais dificuldades que os jovens pais sentem", desde logo com o pagamento da licença de maternidade a 100 por cento, independentemente de o pai gozar ou não um mês. "Num contexto de quebra da natalidade, de crescimento natural praticamente a zero", o PCP defende que a licença deve ser paga na totalidade. No seu projecto, o PCP pretende que o subsídio de maternidade por risco médico e específico - aplicável quando haja risco na gravidez ou quando, pela natureza do trabalho da mãe, haja risco de continuar a trabalhar durante a gravidez - seja pago a 100 por cento, quando actualmente é pago a 65 por cento. "A mulher não pode ser penalizada por ter uma gravidez de risco, quando o médico a aconselha a ficar em casa", argumentou a deputada. O PCP defende ainda que o subsídio social de gravidez, que é dado a mulheres que não tenham cumprido seis meses seguidos de descontos para a segurança social - essas recebem o subsídio de maternidade - seja indexado ao salário mínimo, e não à prestação social. Rita Rato afirmou ainda que o PCP quer que sejam "reforçados" os direitos a dias e horas para prestar apoio aos filhos. BE quer 15 dias obrigatórios para o paiO Bloco de Esquerda quer que o pai goze obrigatoriamente 15 dias de licença pelo nascimento de um filho e pretende também que a licença parental seja paga na totalidade por 150 dias pagos ou por 180 dias em caso de licença partilhada. Para a deputada Catarina Martins, há uma pressão sobre os homens, nomeadamente por parte dos empregadores, para que não exerçam o direito à licença parental. "É importante haver mecanismos legais que promovam essa partilha", disse, sublinhando que este é um dos aspectos essenciais dos projectos de lei do Bloco que serão debatidos amanhã no Parlamento. O partido quer ainda aumentar de 120 para 150 o número de dias que são pagos na totalidade. "Dar a todas as famílias o direito a cinco meses de subsídio de maternidade. Porque para ter os cinco meses é preciso aceitar uma redução no subsídio. As famílias com mais dificuldades ficam a poder usufruir só de quatro meses", explica a deputada bloquista. O Bloco defende ainda a criação de um subsídio para assistência a ascendente em primeiro grau, a partir dos 65 anos, em caso de acidente ou doença. O Parlamento debaterá ainda amanhã um projecto de lei do CDS-PP que pretende que a jornada contínua para apoio a filhos menores seja expressamente consagrada no Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas. "O novo Regime não consagra clara e taxativamente a Jornada Contínua em nenhum dos seus artigos, apesar de possibilitar que a mesma seja instituída, nomeadamente, por meio de acordo colectivo de trabalho", refere o CDS, considerando que desta forma é retirada força a esta modalidade de prestação ininterrupta de trabalho.
REFERÊNCIAS:
David Cameron é o novo primeiro-ministro britânico
O conservador David Cameron já foi empossado como primeiro-ministro, sucedendo ao trabalhista Gordon Brown. O líder dos Tories anunciou que deseja governar em coligação com os Liberais Democratas. (...)

David Cameron é o novo primeiro-ministro britânico
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.068
DATA: 2010-05-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: O conservador David Cameron já foi empossado como primeiro-ministro, sucedendo ao trabalhista Gordon Brown. O líder dos Tories anunciou que deseja governar em coligação com os Liberais Democratas.
TEXTO: “Quero formar uma verdadeira coligação entre os Conservadores e os Liberais Democratas”, disse Cameron, falando pela primeira vez diante da porta do número 10 de Downing Street, o gabinete do primeiro-ministro em Londres. Os tories saíram vencedores das eleições de quinta-feira passada, mas sem deputados suficientes para garantir a maioria na Câmara dos Comuns. Desde sexta-feira que negociavam um acordo com os Liberais Democratas, terceira força política. Entretanto, Gordon Brown anunciara-se disponível para deixar a liderança do Labour se isso permitisse ao seu partido chegar a acordo com a formação de Nick Glegg. Hoje de manhã, Cameron pressionara publicamente os lib-dem e, finalmente, ao final do dia, Brown avançou para a demissão da chefia do Governo, pondo fim a 13 anos de governação trabalhista. Pouco depois de ter recebido Brown e o seu pedido de demissão, a rainha Isabel II convidou Cameron a formar governo. “Nick Clegg e eu próprio somos os dois dirigentes políticos que desejam pôr de lado as nossas diferenças e trabalhar muito para o bem comum e o interesse nacional”, disse ainda Cameron, acreditando que ainda é possível um acordo que o impeça de ter de governar em minoria.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave rainha minoria
Gordon Brown demite-se abrindo caminho a David Cameron
Gordon Brown anunciou hoje a demissão do cargo de primeiro-ministro do Reino Unido, cinco dias depois das legislativas. (...)

Gordon Brown demite-se abrindo caminho a David Cameron
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-05-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Gordon Brown anunciou hoje a demissão do cargo de primeiro-ministro do Reino Unido, cinco dias depois das legislativas.
TEXTO: O líder trabalhista, derrotado nas eleições da última quinta-feira, apresentará a resignação à rainha Isabel II, aconselhando-a a convidar David Cameron, o líder dos conservadores, a formar Governo. Um acordo com os liberais democratas deve ser anunciado em breve. Brown está neste momento com a rainha Isabel II para formalizar a demissão, que significa ainda que deixa de liderar de imediato o Partido Trabalhista. Nesse cargo deverá ser substituído por Harriet Harman, líder adjunta do Labour.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave rainha
David Cameron e Nick Clegg lideram Governo de coligação
Faltavam poucos minutos para as nove da noite quando David Cameron entrou no número 10 de Downing Street. Treze anos depois, o Reino Unido tem de novo um primeiro-ministro conservador, mas pela primeira vez desde a II Guerra Mundial chefiará um governo de coligação. (...)

David Cameron e Nick Clegg lideram Governo de coligação
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-05-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Faltavam poucos minutos para as nove da noite quando David Cameron entrou no número 10 de Downing Street. Treze anos depois, o Reino Unido tem de novo um primeiro-ministro conservador, mas pela primeira vez desde a II Guerra Mundial chefiará um governo de coligação.
TEXTO: Os conservadores têm como parceiro os Liberais Democratas, a quem foram oferecidos vários ministérios e a promessa de um referendo à reforma do sistema eleitoral. Nick Clegg será o "número dois" do Governo - os restantes nomes serão conhecidos ao longo do dia. Foram precisos cinco dias de negociações como o país não tinha já memória para selar o acordo com que os dois partidos pretendem restaurar a estabilidade abalada pelo resultado das eleições, que deixaram tories a 20 deputados da maioria absoluta. Minutos depois de ser empossado pela rainha, o líder conservador disse ser sua intenção "formar uma coligação formal e completa" com os centristas. "Acredito que esta é a melhor forma de dar ao país um Governo estável, bom e decente de que tanto precisa", declarou Cameron, que, aos 43 anos, é o mais novo primeiro-ministro britânico em quase dois séculos. A decisão final ficou, novamente, na mão dos lib-dem. Para além de Nick Clegg, o líder, o partido terá mais quatro pastas. Decisiva terá sido também a cedência dos tories, que, pressionados pelos mercados, concordaram com um referendo à reforma eleitoral. Não é a conquista histórica que os lib-dem ambicionavam, mas o prémio possível depois de fracassadas as negociações de última hora com os trabalhistas. Brown retira-seA iniciativa das negociações partiu do primeiro-ministro, Gordon Brown, que na véspera anunciou que estava disponível a demitir-se para tornar possível uma "coligação progressista". Acabaria por ser ele a atirar a toalha ao chão quando, ontem à tarde, anunciou que iria apresentar a sua demissão à rainha e abandonar, com "efeitos imediatos", a liderança trabalhista. Em tom emocionado, Brown disse ter "adorado o trabalho" de primeiro-ministro, "não pelo prestígio" mas pelas possibilidades de criar "um país mais justo, tolerante e próspero". Desejando "boa sorte" ao sucessor, encerrou 13 anos de poder trabalhista abandonando o n. º 10 de mãos dadas com a mulher e os dois filhos, fotografados pela primeira vez em público. A demissão surgiu já a tarde ia avançada, mas logo pela manhã se percebeu que não havia futuro numa coligação Lib-Lab. Os trabalhistas chegaram à mesa das negociações propondo alterações imediatas ao sistema eleitoral - introduzindo o voto alternativo - e prometendo para mais tarde um referendo ao método proporcional. Ao mesmo tempo, porém, dirigentes trabalhistas criticaram as cedências, levando os lib-dem a desconfiar que muito dificilmente o Labour estaria em condições de concretizar o que prometia. "Só temos um acordo em cima da mesa", diria pouco depois à BBC um dirigente centrista. Decisivo terá sido, no entanto, o sentimento de que no Labour as atenções estavam já concentradas na corrida à sucessão de Brown. E neste cenário, seria mais confortável ao futuro líder estar na oposição, enquanto tories e lib-dem assumem o ónus das anunciadas medidas de austeridade. O fracasso da estratégia de Brown foi-se tornando visível ao longo do dia, à medida que, um após outro, vários ministros vieram a público dizer que era tempo de o Labour aceitar a derrota. Ignorar a decisão dos eleitores "custará muito caro aos trabalhistas em próximas eleições", escreveu o ex-ministro do Interior David Blunkett no "Guardian". A saída de Brown - que com Tony Blair dominou o partido nas últimas duas décadas - abre um novo ciclo no Labour e adivinha-se cerrada a luta pela sua sucessão. Numa reunião segunda-feira à noite, foi decidido que ninguém avançaria antes de terminadas as negociações para a formação de um Governo, mas a corrida está agora aberta. David Miliband, o ex-chefe da diplomacia, e Ed Balls, ex-ministro pela Educação, são os favoritos, mas fala-se também com insistência de Ed Miliband, o que poderá criar uma inédita disputa entre irmãos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave educação mulher rainha